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Veja como funcionam as contas das aposentadorias em Curitiba |
Veja como funcionam as contas das aposentadorias em Curitiba| Foto:

Finanças

Município promete solução até 2013

A Secretaria de Finanças da prefeitura de Curitiba afirmou ontem que a situação da Previdência municipal será solucionada dentro de dois anos. Por meio de sua assessoria de imprensa, a secretaria informou que tudo está sendo feito dentro dos prazos legais, já que há um prazo de até 35 anos para que os municípios se adequem à lei de 1998, que modificou as regras da Previdência pública.

A Emenda Constitucional número 20 obrigou as unidades da federação a ter um fundo específico para pagar a Previdência e a manter um cálculo atualizado que permita o pagamento apenas com o dinheiro dos servidores e com a contrapartida do poder público, sem aportes adicionais.

A situação seria equacionada, de acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, por meio de repasses financeiros que estão sendo feitos pelo município ao Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curitiba. A prefeitura não cogita aumentar a contribuição dos servidores. (RWG)

Prazo para resolver situação da saúde do servidor acaba em junho

Se o problema previdenciário pode ser resolvido no longo prazo, a prefeitura de Curitiba tem motivos para agir bem mais rapidamente na área de atenção à saúde dos servidores públicos. Acaba no mês que vem o prazo dado pela Agência Nacional de Saúde (ANS) para que a situação do Instituto Curitiba de Saúde (ICS) seja resolvida sem que haja intervenção ou outras sanções.

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Orçamento de 2012 prevê obra para linha norte-sul ter Ligeirão

O orçamento de Curitiba para 2012, último ano da atual gestão municipal, foi estimado pela prefeitura em R$ 5,3 bilhões. O valor é 8% maior do que o deste ano. A Lei de Dire­­trizes Orçamentárias foi encaminhada pela prefeitura da capital aos vereadores na última sexta-feira e agora será encaminhada para votação. O projeto de lei do orçamento definitivo será enviado até 30 de setembro.

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  • Manifestação de servidores por melhores salários em 2009: rombo da Previdência municipal pode ser recuperado com o aumento nas contribuições dos funcionários

A prefeitura de Curitiba apresenta um déficit de R$ 115 milhões nas contas da previdência de seus servidores. Hoje, para pagar as aposentadorias e pensões a todos os funcionários públicos do município seriam necessários, segundo estimativa oficial, R$ 10,2 bilhões. No entanto, as contribuições feitas atualmente pelos próprios servidores e a contrapartida da prefeitura não são suficientes para fechar essa conta.

Os cálculos estão em um estudo atuarial encomendado pela própria prefeitura e enviado à Câmara Municipal na última sexta-feira, junto com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). A legislação exige que a situação previdenciária seja enviada todos os anos com a LDO. Embora o déficit não represente um problema de curto prazo, a prefeitura precisa resolver a situação o quanto antes, para evitar que no futuro falte dinheiro para pagar as aposentadorias e pensões.

"O Instituto de Previdência dos Servidores do Município de Curi­­tiba [IPMC] apresenta desequilíbrio atuarial, indicando que as receitas previstas em lei somadas ao seu patrimônio serão insuficientes para, no futuro, honrar o pagamento de todas as obrigações previdenciárias devidas aos seus segurados", informa o relatório assinado pelos especialistas Paulo Arthur Vieira e Benedito Claudio Passos, datado de 23 de fevereiro deste ano.

A prefeitura, porém, diz que tudo estará equacionado dentro de dois anos (veja texto ao lado). Já os funcionários alegam que não tiveram acesso ao novo estudo sobre o IPMC e consideram a situação como "muito preocupante". "Há muito tempo estamos alertando para a situação do IPMC, que não é sustentável", afirmou a secretária para assuntos jurídicos do Sin­­­dicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba (Sismuc), Irene Rodrigues.

Irene disse que os servidores precisariam ser informados com maior regularidade sobre a situação da Previdência municipal. "Sou integrante do Conselho de Administração do IPMC e este novo estudo atuarial não foi repassado aos conselheiros, como deveria", disse ela.

Persistente

O déficit nos gastos previdênciários de Curitiba já havia sido apontado pelo Tribunal de Contas do estado. Ao julgar as contas do município em 2009, os conselheiros aprovaram os números do Instituto de Pre­­­vidência do Município de Curitiba "com ressalvas", justamente por causa do rombo nas contas de longo prazo.

"Quando um problema desse tipo aparece uma vez, não significa muita coisa. No entanto, quando se repete por três anos consecutivos indica que alguma coisa tem de ser feita", afirma o consultor em previdência Renato Follador. Segundo ele, se o déficit aparecesse nas contas de apenas um ano, poderia indicar que houve pouco retorno dos investimentos bancários feitos com os recursos. Se persiste, é porque o problema é de outro tipo.

Para solucionar esse tipo de equação, de acordo com Follador, um dos responsáveis por montar o Paranaprevidência – instituição responsável por aposentadorias e pensões do governo do Paraná –, a solução mais comum é cobrar mais de quem contribui. "Se a situação não se resolve sozinha no curto prazo, com aumento dos rendimentos, é preciso aumentar as contribuições dos funcionários, ou do município, ou dos dois", afirma. Hoje, os servidores, tanto da ativa quanto aposentados, contribuem com 11%, e a contrapartida do município é de 22% (veja quadro).

Interatividade

A prefeitura, na sua opinião, vai conseguir resolver o déficit previdenciário dos servidores?

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