Alterando pareceres anteriores que opinavam favoravelmente à criação do Solidariedade, o Ministério Público Eleitoral pediu ontem que a Polícia Federal abra inquérito para apurar as suspeitas de fraudes nos recolhimentos de assinaturas de apoio à criação do partido do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), presidente da Força Sindical. O novo vice-procurador-geral Eleitoral, Eugênio Aragão, enviou à Justiça Eleitoral argumento de que as suspeitas "podem demonstrar a ocorrência de fraudes em massa no Estado de São Paulo, circunstância que poderia comprometer, irremediavelmente, o registro do partido". Aragão afirmou que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não pode julgar o pedido de registro até que as investigações sejam feitas. A defesa do Solidariedade diz que o processo não pode ser suspenso com base em apurações sobre apoios que nem chegaram a entrar na contabilidade das mais de 500 mil assinaturas de apoio certificadas pelos cartórios e entregues ao TSE. A lei exige o apoio de ao menos 492 mil eleitores.

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