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O promotor Luciano França Silveira Júnior entrou com recurso no Fórum de Belo Horizonte, nesta quinta-feira (25), pedindo aumento da pena da promotora de vendas Simone Cassiano da Silva, condenada a oito anos e quatro meses de prisão por ter jogado a filha na Lagoa da Pampulha. O crime ocorreu em janeiro de ano passado. A pena saiu no sábado (20), após 28 horas de julgamento.

Na quarta-feira (24), o advogado de Simone, Mateus Vergara, protocolou um pedido de anulação do julgamento. Vergara alega que jurados teriam dormido durante o julgamento. Além disso, de acordo com o advogado, testemunhas teriam se comunicado, o que é proibido. Ele classificou o julgamento como "um espetáculo de condenação". O juiz do caso, Leopoldo Mameluque, afirma que não houve nada de anormal no julgamento.

Os recursos serão analisados por desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Processo

Simone foi julgada por tentativa de homicídio, usando método cruel e sem chance de defesa da vítima. Ela nega ter jogado o bebê na lagoa e diz que o entregou a um casal.

No julgamento, durante três horas, os jurados assistiram às cenas do resgate da criança na Lagoa da Pampulha. A menina de dois meses foi encontrada dentro de um saco plástico, amarrado a um pedaço de madeira.

Por seis votos a um, a promotora de vendas foi condenada a oito anos e quatro meses de prisão, em regime fechado. Daqui a quatro meses, ela pode voltar às ruas. Pela legislação brasileira, o condenado tem direito a progressão de regime depois de cumprir um sexto da pena. Simone já passou um ano na cadeia e em quatro meses ela poderá pedir progressão para o regime semi-aberto.

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