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Durante praticamente as três horas em que usou a palavra no julgamento dos acusados de matar a missionária americana Dorothy Stang, a promotoria defendeu a tese de formação de um consórcio que planejou e financiou o crime. Os promotores acrescentaram que esse consórcio também envolveria os advogados de defesa que acompanharam o caso.

O promotor Edson Souza enfatizou que os advogados tentaram tumultuar o processo. O promotor também lembrou o depoimento do delegado Waldir Freire, que afirmou na sexta-feira à noite que tanto Rayfran como Clodoaldo faziam parte de um plano B, para matar a missionária e que seria outro o pistoleiro a ser contratado para o serviço. Edson Souza disse ainda que a discussão travada entre Tato e Dorothy Stang só serviu para reacender o desejo de eliminar a missionária.

Nos dois dias de julgamento, o papel de Tato fica cada vez mais evidente, tanto nos depoimentos dos acusados como na tese da promotoria. O promotor até utilizou uma expressão de basquete para definir o papel do intermediário, afirmando que ele funcionou como uma espécie de pivô, aquele que arma e distribui as jogadas. O período da tarde será dedicado à defesa, que também terá três horas para argumentar sua tese. A previsão é que a sentença seja dada às 20h no horário de Belém (21 horas em Brasília).

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