• Carregando...

O Ministério Público Estadual pediu pena máxima de 450 anos de prisão a Rosely Nassim Jorge Santos, ex-primeira-dama de Campinas (a 93 km de São Paulo). Ela é acusada pela Procuradoria de chefiar um esquema de corrupção e fraudes em licitação da Sanasa, empresa municipal de saneamento – que pode ter causado um prejuízo de cerca de R$ 180 milhões aos cofres públicos.

Promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também pediram pena máxima de 300 anos de prisão ao ex-vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT), acusado de formação de quadrilha e corrupção no mesmo esquema. O processo é considerado um dos maiores casos de corrupção já investigado em Campinas.

Também foram acusados outros seis ex-agentes públicos do governo do ex-prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT), que não figura como réu no processo porque na época da denúncia, em 2011, ainda ocupava o cargo e tinha foro privilegiado.

O pedido foi feito nas alegações finais da ação, que tramita na 3.ª Vara Criminal de Campinas, e divulgada nesta terça (16). Agora, os advogados de Rosely e Vilagra têm 60 dias para apresentar sua defesa, antes da sentença do juiz Nelson Augusto Bernardes, prevista para setembro.

Para o delator do esquema, o ex-presidente da Sanasa Luiz Augusto Castrillon de Aquino, o Ministério Público pediu o perdão judicial em troca de sua colaboração com as investigações.

Outro lado

O advogado de Demétrio Vilagra, Ralph Tórtima Stettinger, afirmou que as provas colhidas durante o processo isentam a participação do ex-vice-prefeito no esquema e que todas as testemunhas ouvidas confirmaram a inocência do seu cliente. Stettinger disse ainda que pedido de prisão feito pelo Ministério Público é irreal.

O advogado da ex-primeira-dama, Eduardo Carnelós, não foi encontrado e não retornou as ligações para comentar o pedido. Rosely sempre negou a acusação.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]