Presidente Dilma Rousseff tenta construir pontes com o Senado.| Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (11) que as propostas levadas ao Planalto pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que visam superar a crise e retomar o crescimentos econômico, “coincidem plenamente” com as medidas do governo e são “a agenda positiva para o país”.

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“Muitas das propostas do presidente Renan coincidem plenamente com as nossas. São propostas muito bem-vindas. Queria até dizer que, para nós, a melhor relação possível do Executivo com o Legislativo... então nós olhamos essas 27 propostas com grande interesse e valorizamos muito a presença delas”, disse Dilma após evento para lançar um programa de investimento em energia elétrica.

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A presidente aposta no Senado como “Casa revisora” dos projetos aprovados pela Câmara que aumentam os gastos da União e prejudicam o ajuste fiscal do governo e fez questão de afagar os parlamentares sob comando de Renan Calheiros.

“Acho que essa sim é a agenda positiva para o país. Mostra, por parte do Senado, uma disposição de contribuir para o Brasil sair das suas dificuldades o mais rápido possível”, concluiu a presidente.

A chamada “Agenda Brasil”, no entanto, tem diversos pontos polêmicos aos olhos de Dilma e do PT, como a possibilidade de cobrança do SUS (Sistema Único de Saúde) por faixa de renda e a adoção de uma idade mínima na aposentadoria.

Propostas

A lista de 27 itens foi entregue aos ministros de Dilma nesta segunda-feira (10) – entre eles, a regulamentação da terceirização, a reforma da lei de licitações e uma lei de responsabilidade fiscal específica para as empresas estatais.

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Há, ainda, o compromisso de o Palácio do Planalto assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC, no jargão da administração pública) comprometendo-se a não praticar mais pedaladas fiscais daqui por diante.

Na quinta-feira (13), a presidente deve promover uma reunião para discutir as propostas apresentadas por Renan.

Nesta segunda-feira (10), durante jantar com senadores da base aliada no Palácio da Alvorada, Dilma afirmou que havia recebido “um rascunho inicial” do documento e não quis se prolongar nos comentários sobre o assunto.