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O novo ministro da Educação, Cid Gomes | Elza Fiúza/Agência Brasil
O novo ministro da Educação, Cid Gomes| Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Poucos dias após a posse de Cid Gomes como ministro da Educação, o PROS, partido do ex-governador do Ceará, divulgou nota nesta segunda-feira (5) atribuindo sua indicação a uma escolha pessoal da presidente Dilma Rousseff. O texto, assinado pelo presidente do partido, Euripedes Junior, e pelo líder do PROS na Câmara, Givaldo Carimbão, elogia a nomeação de Cid, mas deixa claro que não representa uma indicação pela cota do partido. A nota é intitulada: "Cid Gomes é escolha pessoal de Dilma como Ministro da Educação".

"Para o PROS, a escolha pessoal da presidente é motivo de orgulho e demonstra a qualidade do quadro de filiados que possuímos", diz trecho do texto. Em entrevista ao jornal O Globo quando sua indicação foi anunciada pelo Palácio do Planalto, Cid Gomes ressaltou que sua escolha não seria fruto de um acerto partidário com o PROS, mas de uma opção direta da presidente Dilma Rousseff. Em diversas ocasiões, o cearense lembrou que o PROS tem apenas 11 deputados na Câmara, o que não seria suficiente, em sua avaliação, para fazer uma indicação para uma pasta relevante como o Ministério da Educação.

A cúpula do PROS tem se incomodado com a postura autônoma de Cid em relação ao partido e, reservadamente, fala-se que o ministro pode trocar de legenda. No entanto, Cid tem negado que pretende deixar o PROS, alegando que nunca teria deixado um partido por vontade própria, mas apenas quando pedido para sair.

Frente de esquerda

Antes de assumir o cargo, Cid propôs a criação de uma frente parlamentar composta por partidos de esquerda que possam apaziguar as diferenças impostas na base aliada de Dilma no Congresso, principalmente pelo PMDB.

O então governador disse que a iniciativa poderia gerar um novo partido com integrantes que "militam à esquerda" a partir da fusão de "algumas siglas". Ao lado de PMDB, PR e PP, o Pros atuou na Câmara para atrasar a votação da proposta que permitiu ao Executivo descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública em 2014, o chamado superavit primário. A proposta acabou aprovada, mas esbarrou em dificuldades impostas pelos próprios aliados de Dilma.

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