| Foto: Fabio Braga/Folhapress

Manifestantes contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) entram em confronto com a Polícia Militar (PM) na noite desta quarta-feira (31) em São Paulo. É o terceiro dia seguido em que ocorrem conflitos em protestos a favor da petista. Ainda não há informações sobre feridos ou presos. Em pelo menos cinco pontos da cidade, há confrontos.

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O ato começou no início da noite na Avenida Paulista. O grupo seguiu em direção a Rua da Consolação. Ao passar em frente a uma unidade do Corpo dos Bombeiros, um grupo de mascarados provocou agentes do Batalhão do Choque, que reagiram com disparos de bombas de efeito moral.

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Os mascarados revidaram com paus, pedras e artefatos explosivos contra os policiais. No meio da confusão, um grupo de manifestantes se escondeu no prédio do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que também fica na Consolação.

A PM, que foi às ruas com mais homens do que nos dois atos anteriores, atacou os manifestantes na parte da frente e de trás do protesto na altura da Rua Piauí. Os manifestantes correram de forma desordenada e se espalharam por Higienópolis e pela região central da capital.

A reportagem flagrou um policial militar quebrando um cassetete ao bater no braço de um manifestante que o xingava. Diferente dos outros dois dias de protesto, a PM está usando balas de borrachas.

A estudante Carolina Costa, de 22 anos, diz que os policiais militares bateram com o cacetete em sua perna direita, que ficou bem machucada. Segundo ela, os PMs jogaram sua mochila no chão e quebraram seu celular

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Por todo o Centro da cidade é possível ver pequenos grupos de mascarados fazendo barricadas com fogo. Eles depredam agências bancárias, pontos de ônibus e lojas. No Largo do Arouche, um grupo atacou um carro da Polícia Civil. Os manifestantes gritam palavras de ordem contra a Polícia. “Não quero mais chacina, quero o fim da Polícia assassina”.

Na região da Praça Roosevelt, no final da Rua da Consolação, um grupo maior de manifestantes se reuniu após a confusão e segue protestando contra o presidente Michel Temer e a favor de Dilma Rousseff.