Na convenção nacional que irá realizar na próxima quarta-feira, 25, o PSD deverá confirmar o apoio à presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição no pleito de outubro. "Palavra dada é palavra empenhada, não tem retorno, já manifestamos apoio à candidatura de Dilma e nosso partido tem compromisso com as bandeiras assumidas", disse ao Broadcast Político, serviço em tempo real da Agênca Estado, uma fonte ligada ao partido.

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Segundo informações de fontes ligadas ao PSD, a presidente Dilma Rousseff deve ir à convenção do partido, na Câmara dos Deputados em Brasília. Seria uma repetição do gesto que ela fez ao PMDB e do PDT, ambos aliados em nível nacional.

Segundo esse interlocutor, ao ser referendado na próxima semana, o apoio à candidatura do PT nacional colocará fim às especulações em torno da eventual ida do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para compor a chapa do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves. "Não há como voltar atrás, ser vice em uma chapa presidencial pode ser um desejo de muitos políticos, mas estaremos nesta corrida presidencial com a presidente Dilma Rousseff", reiterou a fonte. O PSD foi o primeiro partido a declarar apoio formal à reeleição da presidente, no dia 20 de novembro do ano passado, e este compromisso tem o apoio de 90% dos correligionários dos 27 diretórios estaduais da sigla.

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Além de referendar o apoio à candidatura de Dilma Rousseff na convenção, o PSD deverá liberar seus filiados para realizar as coligações nos Estados baseadas nos arranjos locais. No maior colégio eleitoral do País, São Paulo, o PSD está negociando com os tucanos, o maior adversário do PT nessas eleições presidenciais. "Os arranjos devem ser fechados na prorrogação do segundo tempo", avalia a fonte, para dizer que os acertos estão ainda sendo costurados e muitas chapas deverão ser fechadas apenas no final deste mês, no prazo limite estabelecido pela Justiça Eleitoral.

Em São Paulo, o PSD está próximo de uma coligação com o PSDB do governador Geraldo Alckmin, que é candidato à reeleição neste pleito. "Mas um acordo só deverá ser fechado se tivermos garantida a vaga de vice na chapa majoritária", destaca a fonte. Segundo esse interlocutor, a mesma exigência da sigla não vai ocorrer se o acordo for com o PMDB de Paulo Skaf. "Neste caso, não temos restrição alguma", destaca.

A fonte disse ainda que nem mesmo um acordo com o PT de Alexandre Padilha em São Paulo está descartado. E afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, padrinho político do ex-ministro da Saúde, está em campo para garantir que a oposição tenha uma candidatura competitiva ao Palácio dos Bandeirantes, governado há cerca de 20 anos pelos tucanos. "As conversações em torno das alianças partidárias, principalmente nos Estados, estão a todo vapor, mesmo com a Copa do Mundo", informa.

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