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O PSD, partido comandado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, entrou nesta terça-feira com pedido de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo resolução aprovada em 2010 pelo TSE, uma nova legenda precisa ser antes cadastrada nos tribunais regionais eleitorais.

No caso do PSD, se houvesse o cumprimento à risca da regra, não haveria tempo suficiente para disputar as eleições do próximo ano. Para participar das eleições, a legenda deve obter registro um ano antes da votação - ou seja, em outubro.

Os advogados do PSD ignoraram a resolução e fizeram o pedido com base em lei de 1995, que detalha o processo de criação de uma sigla. Segundo a resolução, o novo partido precisa ser aprovado por nove TREs e apresentar 492 mil assinaturas de apoio. Até agora, o PSD só teria conseguido registro em Santa Catarina. Como provavelmente não haveria tempo para cumprir a resolução até antes de outubro, o partido decidiu apresentar as assinaturas diretamente ao TSE.

Na segunda-feira, o PTB, que tenta impedir o registro da nova legenda, se antecipou e pediu para que o presidente do TSE, ministro Ricardo Lewandowski, analisasse o caso com cuidado.

Na semana passada, representantes do novo partido se reuniram com a presidente Dilma e indicaram que não querem fazer oposição ao governo. A criação do PSD está envolvida por uma série de suspeitas. Reportagem publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que, em pelo menos três estados, atas que descrevem diferentes reuniões que formalizaram a criação de diretórios municipais do PSD usam o mesmo texto. O DEM entrou com ação na Procuradoria Geral Eleitoral contra o PSD por falsidade ideológica

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