Já consolidado como uma nova força no Congresso, o PSD avalia que conseguirá atrair até 500 prefeitos em todo o país, já de olho nas eleições municipais de 2012. A expectativa mais conservadora da cúpula do partido é lançar cerca de 1.200 candidatos na disputa, com a meta de conseguir eleger entre 480 e 540 prefeitos. Nas capitais, o Partido Social Democrático tende a ceder para aliados regionais, cumprindo acordos que facilitaram a criação e o registro da sigla.

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"Hoje, avaliamos que entre 400 e 500 prefeitos devem se filiar até o prazo de 7 de outubro, data limite para quem pretende se candidatar. Desses, cerca de 200 serão candidatos à reeleição. Os demais, naturalmente, terão nomes indicados para a sucessão, que também virão para o partido", afirmou Saulo Queiroz, secretário-geral do PSD.

Segundo ele, a candidatura própria em uma de cada cinco cidades do país está "de bom tamanho", mas correligionários avaliam que esse número deve ser maior, considerando o espaço que pode ser conquistado no interior dos estados onde haverá coligação nas capitais. "A maioria dos líderes do partido está mais otimista, mas acho que 1.200 candidatos seria muito bom. Devido ao perfil de candidatos que teremos, egressos do PMDB, DEM e PSDB, sabemos que não teremos aventureiros, os nomes terão um mínimo de viabilidade. Trabalhamos com um índice de eleição de 40% a 45%", explicou Saulo.

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Nas capitais, o PSD já tem certeza sobre o lançamento de nome próprio em Florianópolis. E são grandes as chances da candidatura em Porto Velho e Cuiabá. Nos outros locais, a sigla depende das "parcerias" firmadas com governadores e partidos, e anuncia que não vai "inventar moda".

Por exemplo, em Fortaleza (CE) e Recife (PE), aguardam a definição das candidaturas petistas, negociadas com o PSB, para declarar apoio.

No Rio de Janeiro, já está definido o apoio à reeleição de Eduardo Paes (PMDB). Na capital paulista, o presidente do PSD e atual prefeito, Gilberto Kassab, já declarou apoio "prévio" ao ex-prefeito José Serra (PSDB) ou seu aliado, o senador Aloysio Nunes (PSDB). Se eles não se candidatarem, a sigla deve lançar o vice-governador Guilherme Afif (PSD) ou Eduardo Jorge (PV). No interior, a meta é lançar entre 80 e 100 candidatos.

"Em Salvador, não temos dúvida de que vamos apoiar o nome do PT indicado pelo governador Jaques Wagner, seja lá quem for. No interior da Bahia, porém, vamos concorrer em mais de 100 municípios, teremos uma boa cobertura", completou o secretário-geral, sem citar nominalmente o provável candidato, deputado Nelson Pellegrino (PT).

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