Lutando para conseguir ter acesso a R$ 13 milhões anuais do Fundo Partidário, tempo maior de televisão na propaganda gratuita e para indicar presidentes de comissões no Congresso, o PSD tem usado como argumento o fato de ter a quarta maior bancada na Câmara dos Deputados. Isso o credenciaria a dispor dos benefícios de um partido grande. Mas, como foi criado recentemente, não elegeu a própria bancada e a tese do partido sai fragilizada.
Dos atuais 47 deputados federais do PSD, apenas um Rubens Moreira Mendes, de Rondônia teve votos suficiente para se eleger. Os demais 46 precisaram do voto nas suas antigas legendas para conquistar uma cadeira na Câmara.
Atualmente, a legenda é tratada como "nanica" pela Justiça Eleitoral: recebe menos de 0,2% do Fundo Partidário. Isso porque 95% dos recursos públicos destinados ao financiamento dos partidos são divididos de acordo com o número de votos para a Câmara dos Deputados e o PSD não participou da última eleição.
Pelo mesmo motivo, a bancada do partido não é contabilizada no rateio da propaganda eleitoral gratuita, proporcional ao número de deputados eleitos por cada legenda. Na eleição deste ano, em princípio, deve ficar com poucos segundos diários.
A situação pode mudar se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acolher uma ação que pede a redivisão do Fundo Partidário. O presidente nacional do PSD, o prefeito paulistano Gilberto Kassab, alega que os parlamentares, ao trocar de legenda, levam consigo os direitos relacionados à sua votação.
Um parecer da assessoria jurídica da presidência do TSE considerou que o pedido do PSD não é descabido. Mas nada garante que o parecer seja levado em conta pelos ministros que decidirão a questão, em data a ser definida. O parecer da assessoria do TSE se baseia mais na Constituição do que na legislação específica sobre o assunto que, se levada ao pé da letra, não deixa margem para a concessão de mais recursos para o PSD.
O partido também teve rejeitado o pedido de poder indicar presidentes de comissões permanentes ou temporárias na Câmara. O presidente da Casa, Marco Maia (PT-RS), alegou que as normas da Câmara exigem que só tenham esse direito as bancadas dos partidos que participaram das eleições o que não é o caso do PSD, fundado no ano passado.
Quem são os jovens expoentes da direita que devem se fortalecer nos próximos anos
Frases da Semana: “Kamala ganhando as eleições é mais seguro para fortalecer a democracia”
Iraque pode permitir que homens se casem com meninas de nove anos
TV estatal russa exibe fotos de Melania Trump nua em horário nobre