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O novo presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), deverá ter seu nome ratificado por 500 delegados e 1.200 filiados no III Congresso Nacional do partido, que começa nesta quinta-feira, em Brasília. A escolha do sucessor de Tasso Jereissati (CE) foi por consenso, mas ele terá de administrar, até mesmo durante o encontro, a divisão entre governadores e senadores em relação à aprovação da renovação da CPMF, e fissuras na disputa por funções de comando, como a existente pela presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), segundo cargo mais cobiçado no PSDB.

Preterido nessa disputa pelo serrista Luiz Paulo Vellozo Lucas (ES), o ex-ministro Paulo Renato (SP), ligado ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, não escondia ontem a mágoa e a irritação com o desfecho da disputa. Além do peso político, por ser o órgão de estudos e formação política com um orçamento atrativo, o ITV cuida da preparação dos candidatos do partido e tem relacionamento com todos os diretórios regionais.

Para evitar que a disputa fosse a voto na convenção nacional de sexta, o líder do PSDB na Câmara fez uma consulta sobre os dois nomes à bancada, que optou por Vellozo Lucas. Para tentar acalmar Paulo Renato, foi oferecido como alternativa que ele ocupasse a primeira vice-presidência. Ele disse que não aceitaria um prêmio de consolação.

- Mereço ser tratado com respeito. Isso significa conversar, e não plantar um fato consumado nos jornais. Se não for para o ITV, não vou ser nada nesta Executiva. Se tivessem conversado comigo antes, se tivessem me convidado para a vice-presidência, segundo-tesoureiro, secretário, qualquer coisa, eu aceitaria. Esse assunto do ITV não foi bem encaminhado - reclamou Paulo Renato.

Outro tema difícil a ser enfrentado, no III Congresso do PSDB, que começa nesta quinta, é a divisão de governadores e senadores em relação à CPMF. A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius, avisou que ela e os outros governadores tucanos vão fazer lobby no encontro para convencer o partido a não fechar questão contra a renovação da cobrança do imposto até 2011. Os governadores Aécio Neves (MG), Teotônio Viela (AL) e Cassio Cunha Lima (PB) têm posição semelhante.

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