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Carlos Moreira conversa com Gomyde, tendo Gleisi ao fundo, na entrada do evento da Pastoral da Criança | Daniel Derevecki/Gazeta do Povo
Carlos Moreira conversa com Gomyde, tendo Gleisi ao fundo, na entrada do evento da Pastoral da Criança| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Prefeito falta a encontro

Apenas quatro dos oito candidatos a prefeito de Curitiba participaram ontem de um encontro promovido pela Pastoral da Criança, em Curitiba. Durante encontro, foi assinada uma carta de compromisso para a infância a serem assumidos pela administração municipal a partir do ano que vem. Estiveram presentes ao evento os candidatos Carlos Moreira (PMDB), Gleisi Hoffmann (PT), Maurício Furtado (PV) e Ricardo Gomyde (PCdoB). Beto Richa enviou um representante.

O encontro também teve debate entre os candidatos. O tema que dominou as discussões foi educação, além das críticas a Richa pela sua ausência. O ensino em tempo integral foi o ponto mais ressaltado pelos candidatos. Segundo eles, Curitiba não implanta o contraturno escolar por falta de vontade política, pois poderia utilizar mais do orçamento municipal, que é de R$ 3,2 bilhões anuais, para essa ação.

O representante de Richa na reunião, Homero Jacomide, rebateu. Disse que, em 2007, a prefeitura destinou 27% do orçamento para educação, enquanto a Constituição determina que sejam investidos 25%. "Ainda há o que ser feito, mas temos de ver os avanços. Para o ano que vem, caso vençamos a eleição, as crianças ficarão cinco horas nas escolas, e não quatro", afirmou ele, que em seguida ironizou os adversários.

Não a debates - Gleisi Hoffmann afirmou que o candidato à reeleição não estava dando importância para os temas defendidos pela Pastoral da Criança. A assessoria de Beto Richa justificou a ausência do prefeito informando que a coordenação da campanha decidiu que o candidato não participaria mais de debates. (CCL)

Uma das últimas cartadas dos candidatos à prefeitura de Curitiba que querem impedir a reeleição de Beto Richa (PSDB) é tentar persuadir o eleitorado de que o tucano não vai cumprir o novo mandato até o fim, em 2012. Os oposicionistas têm levantado a possibilidade de, em março 2010, Richa deixar a prefeitura para candidatar-se ao governo do Paraná. O cargo ficaria, então, com o vice-prefeito Luciano Ducci (PSB).

A campanha de Gleisi Hoffmann (PT) chegou a publicar um texto na página na internet da candidata e o distribuiu à imprensa especulando que Richa teria admitido renunciar à prefeitura para tentar o governo. No texto, os pestistas dizem que Richa seguirá o exemplo do governador José Serra, de São Paulo, que "venceu a eleição para a prefeitura de São Paulo em 2004, registrou em cartório que não deixaria o cargo antes do fim do mandato e em 2006 renunciou para disputar o governo do estado".

Gleisi chegou a desafiar o prefeito a, assim como fez com o plano de governo, registrar em cartório sua intenção de permanecer no cargo até 2012. "A população de Curitiba está sendo desrespeitada, porque a prefeitura está sendo usada para trampolim político para um projeto político pessoal. O atual prefeito não está pensando em solucionar os problemas da cidade, mas sim em sua carreira política. Não é o Luciano Ducci que está disputando o cargo de prefeito, mas é ele quem poderá governar a cidade na maior parte da próxima gestão", afirmou a petista.

Os vereadores do PT em Curitiba ontem também cobraram da bancada de Richa na Câmara Municipal se o prefeito assume o compromisso claro de, se reeleito, ficar mais quatro anos na prefeitura. O coro foi engrossado pelo candidato Carlos Moreira (PMDB). Ele ontem disse que a população curitibana vai votar em um candidato a prefeito que será candidato a governador em 2010.

A campanha de Richa ameaçou interpelar judicialmente a petista pelas declarações. Segundo a assessoria do prefeito, ele jamais admitiu que não ficaria os quatro anos na prefeitura. De acordo com os tucanos, o momento eleitoral em 2010 será diferente do atual e toda e qualquer decisão a respeito de candidaturas dependerá do grupo político que apóia o prefeito.

O grupo político ao qual se refere a assessoria tucana inclui o senador Osmar Dias (PDT), que já declarou ser candidato a governador em 2010. Richa disse que os participantes dessa união são fortes e que ela deve ser mantida até a próxima eleição. Quanto às referências a Ducci, os assessores do prefeito afirmaram que o PT esqueceu-se de dizer que, segundo a legislação eleitoral brasileira, o cidadão vota na chapa (prefeito e vice), portanto, caso vote em Richa, está votando também no seu vice.

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