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Alves e Lula: petista comunicou a decisão ao peemedebista | Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Alves e Lula: petista comunicou a decisão ao peemedebista| Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Morde e assopra

Petista acusa Campos de usar subterfúgios para esconder candidatura

Das agências

A relação entre o PT e o presidente do PSB, Eduardo Campos, tem sido de "morde e assopra". Campos vem trabalhando para se lançar à Presidência, mas não assume isso oficialmente e mantém o PSB na base de apoio da presidente Dilma Rousseff. O PT, que tentou atrair Campos para a vaga de vice de Dilma em 2014, agora faz críticas públicas ao aliado. Ontem, o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), criticou Campos por usar "subterfúgios" para esconder sua intenção de se candidatar ao Planalto no ano que vem.

Na quinta-feira, durante encontro de prefeitos em Pernambuco, Campos afirmou que os recentes ataques entre PT e PSDB, já visando à disputa presidencial de 2014, é algo de que o país não precisa neste momento. Para Déda, em vez de criticar, Campos deveria elogiar a briga entre os dois adversários porque tudo é feito às claras.

"Independente das divergências de mérito, [petistas e tucanos] não estão se valendo de subterfúgios para debater seus projetos e pretensões políticas", disse Déda, alfinetando Campos, que vem se movimentando nos bastidores para construir sua candidatura ao mesmo tempo que, publicamente, critica a antecipação da disputa eleitoral.

O PT desistiu de tentar convencer o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, a ser o vice da chapa de reeleição da presidente Dilma Rousseff em 2014. Campos, que está se movimentando para concorrer à Presidência no ano que vem, já havia autorizado interlocutores do PSB a descartarem publicamente essa hipótese. Além disso, o PMDB tinha ficado insatisfeito em perder o cargo que hoje é ocupado pelo vice-presidente Michel Temer. Ontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comunicou o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que o PT apoia a manutenção de Temer na chapa de Dilma.

"A relação Dilma-Temer é uma coisa, a meu ver, consolidada, resolvida, e senti claramente isso hoje na posição e nas palavras do presidente Lula", declarou Alves após um encontro de duas horas com o petista, em São Paulo. De acordo com o presidente da Câmara, é natural que, diante do "êxito" da parceria entre Dilma e Temer, não haja mudanças na chapa que disputará a eleição presidencial.

"Ele [Lula] foi muito afirmativo de que essa aliança, por seu êxito, deve continuar", enfatizou Alves. O peemedebista ressaltou ainda que Lula vê com "bons olhos" a continuidade da aliança com o PMDB e que as pesquisas mostram aprovação popular do atual governo.

O deputado disse ainda que Lula deverá se reunir com Michel Temer nos próximos dias para desfazer o suposto mal-entendido. A ideia de tirar Temer da vaga de vice havia sido lançada por petistas no início do mês, na tentativa de atrair Eduardo Campos. A ideia era de que, em troca, o vice-presidente seria lançado ao governo de São Paulo com o apoio do PT.

Alves ainda comentou sobre o espaço que seria dado ao PSB de Eduardo Campos na aliança da reeleição de Dilma: "Nós queremos muito o PSB e o governador Eduardo Campos. Eles já participam do governo Dilma".

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