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Brasília (AG) – Um dia depois de o PT apresentar seu nome para concorrer à presidência da Câmara, o líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP) abriu mão de sua candidatura e anunciou que seu partido, o PSB e o PCdoB estavam lançando outro candidato: o deputado e ex-ministro da Coordenação Política Aldo Rebelo (PCdoB-SP). A reviravolta ocorreu depois de 24 horas de negociações iniciadas na noite de quarta-feira e só concluídas ontem à noite. A mudança foi forçada pela avaliação comum dos aliados e do Planalto de que as resistências a um candidato petista poderiam possibilitar a vitória de um nome da oposição.

Contando com o apoio da ala governista do PMDB e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Aldo vai agora atrás do apoio de PP, PL, PTB e PMDB, todos com candidatos já lançados formal ou informalmente. Ele já tem apoios de líderes destes partidos – do líder do PL, Sandro Mabel (GO), o vice-líder do PP, Agnaldo Muniz (RO) e do líder do PMDB, Wilson Santiago (PB) – mas precisa conquistar suas bancadas. O líder do PT, Henrique Fontana (RS), acredita que os demais aliados seguirão o exemplo e retirarão suas candidaturas.

"O partido demonstrou que obter a maioria e vencer as eleições tem importância estratégica", disse Fontana.

Antes da decisão do governo de trocar o candidato oficial, pelo menos 13 deputados se lançaram ou foram cogitados para o cargo (veja quadro ao lado). No início da noite, no entanto, o número de postulantes já era menor.

Eleição

A eleição do sucessor de Severino Cavalcanti foi marcada para 10 horas da quarta-feira, dia 28, em primeiro turno. Se houver segundo turno, a decisão será em sessão marcada para as 18 horas. Com mais de uma dezena de candidatos até ontem, a tendência é de que a disputa pelo posto só se resolva em segundo turno, ainda que metade dos que já se apresentaram desista da disputa. Para vencer em primeiro turno, o candidato tem que conseguir a maioria dos votos válidos (votos efetivos e votos em branco em sessão que tenha no mínimo 257 deputados presentes).

Os líderes partidários e a Mesa Diretora da Câmara inovou: proibiu gastos dos candidatos com banners, cartazes e outros materiais de campanha. Será permitida apenas a divulgação de panfletos com a plataforma de cada candidato. A TV Câmara deve promover um debate na terça-feira à noite entre todos os candidatos.

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