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A candidatura do PT ao governo do estado nas eleições de 2006 deve estar definida até o dia 13 de fevereiro. O prazo foi estabelecido pelo presidente estadual da legenda, deputado André Vargas, durante a reunião de ontem da direção do partido. Até o momento, o senador Flávio Arns é o único nome cogitado como pré-candidato.

A semana petista foi tumultuada, marcada pelas declarações do deputado Natálio Stica de que "Lula não se entusiasma com a candidatura própria no Paraná". Nem mesmo a determinação da Executiva Estadual de tentar concentrar energia e esforços para tentar construir a candidatura ao governo do estado conseguiram aliviar a indisposição criada.

Para tentar amenizar as próprias declarações, Stica procura mostrar ser um defensor da candidatura própria enquanto revela um certo incômodo com as posições da chamada "República Independente de Londrina" (grupo formado por André Vargas, o prefeito Nedson Micheleti e o ministro Paulo Bernardo). "Alguns membros do partido precisam descer do pedestal. O PT não é mais a noiva cobiçada do passado", afirma.

Apesar das desavenças internas, Stica explica que o partido não está dividido. "Estamos apenas debatendo internamente. No final, nós iremos nos entender, como sempre", explica o deputado estadual, prevendo o apoio petista no segundo turno das eleições de 2006 ao governador Roberto Requião.

A posição do companheiro é contestada por Vargas. "Os comentários de Stica soam como uma conspiração contra a candidatura própria do PT, já definida pelo diretório no mês passado. Ele coloca na boca do presidente Lula, coisas que deve ter ouvido do Requião", sugere o presidente estadual do PT.

A divergência entre Stica e Vargas ocorre até mesmo com relação ao número de deputados estaduais que o partido vai ter em 2007. O ex-líder de Requião na Assembléia Legislativa aposta no número mágico de seis. "Nossa bancada corre riscos. Acredito que dificilmente repetiremos os mesmos nove eleitos de 2002. Acredito que no máximo seis", sugere o deputado.

Nem mesmo o esfarrapamento da bandeira da ética após as denúncias de pagamento de mensalão no governo federal desmotiva Vargas. Ele não admite que o PT no Paraná vai emagrecer em três deputados estaduais. "No mínimo vamos repetir os mesmos números da última eleição", prevê.

Durante a reunião da executiva, que terminou ontem em Curitiba, Vargas afirmou que foram discutidos temas como a necessidade de se construir uma chapa forte para deputado estadual e federal e a importância da reorganização partidária.

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