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Diante daquela que pode ser a maior crise dos seus 35 anos de história, o PT decidiu, após três dias de discussões, mexer pouco na sua estrutura partidária e atenuar críticas ao governo da presidente Dilma Rousseff e à sua política econômica.

Documento final aprovado no 5.º Congresso Nacional do PT, no sábado (13) em Salvador, não cita nominalmente o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, como propunham alas mais à esquerda da legenda, e diz que é preciso “conduzir a orientação geral da política econômica para ampliação das políticas sociais”.

“É preciso conduzir a orientação geral da política econômica para implementação de estratégias para a retomada do crescimento e defesa do emprego, do salário e dos demais direitos dos trabalhadores que permita a ampliação das políticas sociais”, diz a emenda aprovada após acordo entre as duas maiores tendências da sigla, Construindo um Novo Brasil (CNB), do ex-presidente Lula, e Mensagem ao Partido, do ex-governador Tarso Genro (RS).

A edição inicial da emenda propunha “alteração da política econômica”, mas a expressão foi trocada de última hora após o trato entre os dirigentes, atenuando ainda mais o tratamento sobre o ajuste, criticado por muitos petistas.

CPMF

Uma proposta de reedição da CPMF, extinta em 2007, havia sido incluída no texto base pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, mas o debate virou uma queda de braço entre PT e governo. A pedido do Palácio do Planalto, o trecho foi retirado do documento final.

Falcão mostrou insatisfação sobre o assunto e disse que “as pessoas têm medo de falar de imposto”. Segundo ele, porém, o partido se posicionou com críticas ao ajuste fiscal do governo evitando apenas “personificá-las”.

“Acho que houve sim críticas a aspectos da política econômica, embora não dessa forma de ‘fora, Levy’, personificando críticas em algum ministro ou na presidente da República. Queremos uma orientação com mais emprego, mais salário, mais investimento, e isso não dá para ser feito com taxa de juros de 14% ao ano.”

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