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Meirelles diz não saber se será candidato

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, afirmou ontem que ainda não decidiu se permanece à frente do BC ou se vai se candidatar às eleições em 2010, possivelmente como postulante ao governo de Goiás.

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Planalto diz não ter imagens de reunião de Lina com a ministra

Folhapress

A Mesa Diretora da Câmara dos Deputados recebeu na última sexta-feira um ofício da Casa Civil respondendo ao pedido de informações sobre a agenda oficial da ministra Dilma Rousseff e a requisição das cópias gravações do circuito interno e externo do Palácio do Planalto. O documento é uma resposta ao pedido da oposição, que tenta comprovar um suposto encontro entre a ex-secretária da Receita Federal Lina Vieira e a ministra. Nessa suposta reunião, Dilma teria pedido a Lina para "agilizar" as investigações da Receita em empresas da família Sarney – o que foi entendido pela ex-secretária como um pedido para encerrar o caso.

A reportagem apurou que o conteúdo do ofício – que ainda é mantido em sigilo pelo DEM – mantém a informação do Ga­­binete de Segurança Insti­­­tu­­­cional (GSI) de que o Planalto não tem como fornecer imagens do circuito interno de vídeo porque as imagens não estão no arquivo. O período médio de armazenamento das imagens do circuito interno, segundo o GSI é de 30 dias.

O GSI também teria informado que o nome de Lina Vieira não consta nos registros de autoridades que ingressaram no Palácio entre novembro e dezembro do ano passado.

Brasília - A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse ontem que o PT deve formalizar sua candidatura à Presidência da República e definir possíveis alianças para as eleições de 2010 até o mês que vem. A declaração veio apenas um dia após a cobrança feita pelo presidente nacional do PMDB, o deputado federal Michel Temer (SP), presidente da Câmara, de que o PT tem de definir até outubro se quer fazer uma aliança com os peemedebistas. Temer é cotado para ser o vice na chapa de Dilma.

"Entendo o anseio do presidente (da Câmara). Acho que há de haver um esforço para se aprovar isso (a aliança com o PMDB)", afirmou Dilma, se referindo à formalização de sua candidatura. Após reunião do Conselho de Administração da Petrobras, em Brasília, ela disse que cada partido tem seu ritmo, mas que não pode descartar a chance de o PT formalizar a sua candidatura em um mês.

Agenda cheia

A aliados, Dilma tem assegurado que aumentará sua agenda de viagens e participação em eventos públicos. Ela deixa claro, no entanto, que as críticas pela demora em se comportar como candidata devem ser repassadas ao PT, pois ela tem impedimentos legais de assumir a candidatura.

O desconforto com a situação de Dilma aumentou nos últimos dias com as movimentações dos também pré-candidatos da base aliada, Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV). Auxiliares do presidente Lula disseram à ministra que não dá mais para ela se limitar ao papel de "gerente" do governo. Segundo assessores, o presidente avalia que, mesmo com as limitações impostas pela legislação eleitoral, Dilma precisa "arregaçar as mangas" e deixar claro que está na briga pelo Planalto.

O recado para iniciar a campanha teria sido dado pelo próprio Lula em discurso durante a viagem que ele e a ministra fizeram a Porto Alegre (RS), na última sexta-feira. O presidente voltou a dizer que Dilma é a candidata do PT. Auxiliares de Lula interpretaram a declaração como um aviso de que a ministra não tem tempo a perder.

A partir de agora, disse um ministro, a tendência é que Dilma aumente o espaço na sua agenda para eventos públicos. No governo, Lula e seus assessores diretos observam que outros pré-candidatos – como o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), a senadora Marina Silva (PV) e o deputado federal Ciro Gomes (PSB) – estão em "campanha" faz tempo e só a "imprensa" não quer ver.

Líderes do PT foram orientados pelo governo a acelerar o debate da sucessão. "Ela é a can­­­didata do coração da militância", disse o líder do PT na Câmara, Cândido Vaccarezza (SP).

Associação social

Em meio às dificuldades enfrentadas pelo governo para agilizar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento, a estratégia do presidente e dos assessores é distanciar Dilma do apelido de "mãe do PAC" e de associá-la à política social do governo, uma área com números positivos sobre os quais ela nunca opinou. Embora seja vista como centralizadora na Casa Civil, a ministra sempre se manteve distante do Programa Bolsa Família, uma das principais políticas sociais do governo Lula.

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