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A direção do PT e a coordenação da campanha à reeleição vão pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que disponibilize mais espaço em sua agenda para compromissos eleitorais. Lula disse que estará disponível apenas nos finais de semana. Para o PT, é pouco, por isso o partido vai pedir que Lula faça campanha também durante a semana, à noite, depois do expediente no Palácio do Planalto.

- Vamos fazer uma solicitação a ele (Lula). Avaliamos que é possível pegar um avião no final da tarde, depois do expediente, e fazer um comício em algum dos estados - disse o secretário de Organização do PT e integrante da equipe de coordenação da campanha, Romênio Pereira.

Segundo ele, Lula poderia participar de até dois compromissos por noite se a agenda for bem feita.

- Dá para fazer, por exemplo, Goiânia e Palmas ou Feiras de Santana e Salvador na mesma noite - avaliou Pereira.

A solicitação, segundo dirigentes do PT, tem como objetivo atender à grande demanda de pedidos vinda dos estados e é um dos itens a serem discutidos na reunião da coordenação nesta terça-feira, em Brasília. Além disso, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, se reunirá na sexta-feira com representantes de todos os diretórios estaduais.

Restam 12 finais de semana até o dia da eleição, o que resultaria em apenas 24 dias livres para fazer campanha, além das noites de sexta-feira, que Lula também deverá dedicar à disputa.

-É muito pouco. Precisa- mos que ele tenha espaço na agenda à noite também - disse o secretário adjunto de Comunicação do PT e integrante da coordenação da campanha, Francisco Campos.

A preocupação maior da direção petista é com o período mais crítico da disputa, a partir de agosto, quando a disputa tende a se intensificar. O partido quer "colar" a imagem dos candidatos na de Lula para alavancar candidaturas estaduais e aumentar as chances de o partido eleger uma boa bancada. Pelos cálculos da direção, o PT deve eleger entre 85 e 90 deputados.

A direção do PT deve contar com o apoio de vários prefeitos de capitais e governadores em final de mandato. Na véspera da convenção nacional do PT, o próprio Lula chegou a pedir aos prefeitos e governadores que estão no segundo mandato que se licenciem para reforçar a campanha. Algumas lideranças como os prefeitos Fernando Pimentel (Belo Horizonte) e João Paulo (Recife) e os governadores Jorge Vianna (Acre) e Zeca do PT (Mato Grosso do Sul) já se dispuseram a ajudar.

Em São Paulo, o maior colé- gio eleitoral do país, os prefeitos Elói Pietá (Grarulhos) e Newton Lima Neto (São Carlos) deverão formar um núcleo para atuar no interior do estado. A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que está sem mandato e não disputará estas eleições, participará da campanha na Grande São Paulo e em vários estados como Bahia e Pernambuco.

Todas estas questões serão debatidas nesta terça-feira, em Brasília, na reunião da coordenação da campanha. O ex-presidente da CUT João Felício apresentará um plano de mobilização nos sindicatos ligados à central. O prefeito de Diadema, José de Filippi Jr, deve confirmar que aceita a tesouraria da campanha de Lula e apresentar um plano de trabalho.

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