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Estratégia petista para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff (foto) foi apresentada neste sábado, durante o 1º Seminário de Comunicação do PT Paulista | Ricardo Moraes / Reuters
Estratégia petista para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff (foto) foi apresentada neste sábado, durante o 1º Seminário de Comunicação do PT Paulista| Foto: Ricardo Moraes / Reuters

Espaço da campanha eleitoral que ajudará a escolher o novo presidente da República, a internet será usada pelo PT para veicular conteúdos de militantes e simpatizantes que defendam posições simpáticas à candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff. A estratégia petista para a campanha eleitoral foi apresentada neste sábado (15), durante o 1º Seminário de Comunicação do PT Paulista, por Marcelo Branco, coordenador da campanha na internet da pré-candidata petista, que defendeu a ideia de que a aquisição de conteúdo é necessária para o "combate off line", o debate no qual os argumentos definirão o voto do eleitor. Segundo ele, a "guerra de comunicação" precisa ser organizada com argumentos.

"Precisamos entender a internet não só como um espaço para fazer a guerra de comunicação. Não queremos organizar as pessoas para que elas façam apenas a guerra de comunicação na rede. O principal objetivo nosso na internet, e é por isso que a gente está indo aos estados falar para as pessoas, é organizar a nossa intervenção com argumentos, com desmentidos, com propostas políticas para o debate off line, para o debate no bairro, para o debate no local de trabalho, para o debate fora da internet", defendeu.

De acordo com Marcelo Branco, o criador do Campus Party, as eleições não serão decididas na internet, já que ainda não é possível saber o papel da web na campanha eleitoral, mas será fundamental para produção e reprodução de espaços de divulgação dos argumentos "no mundo off line"

"Quando a gente abre uma comunidade no Orkut, é para que esses conteúdos sirvam de argumento para o cara fazer a campanha onde vai se decidir a eleição. A eleição não vai se decidir na internet. Claro que a internet vai ter um peso. Quantos votos vão virar na internet? Como não temos métodos, é a primeira eleição, não dá pra dizer se são três, cinco. Não dá para saber o papel da internet nas eleições. Agora a internet com certeza vai ajudar a nossa luta no mundo concreto do dia a dia", disse.

O coordenador da campanha de Dilma na internet quer, com a estratégia apresentada neste sábado a profissionais da comunicação do PT, recuperar o voluntariado das campanhas, sempre comums à militância petista e que, segundo ele, se afastou por causa da TV.

"A internet recupera o voluntariado da campanha eleitoral. A TV e o rádio afastaram um pouco o militante do dia a dia dos rumos da campanha, o cara que ficava esperando até às 8h da noite o programa de TV. Se o programa é bom o cara sai com tesão para fazer campanha, se o programa é ruim ele fica desmotivado, se o programa do adversário atacou, o cara não sabe como defender enquanto não tiver uma resposta pela TV. Isso afastou um pouco o protagonismo dos militantes, desses apoiadores em uma campanha eleitoral", frisou.

Um exemplo dessa estratégia, dado por ele durante sua palestra de pouco mais de 20 minutos a comunicadores do PT paulista -que definiu como "agitação" - foi o "estar tarrafeando" boas ideias na rede para sugerir a sua reprodução até em blogs pouco lidos.

"É o caso do cara que tem um site que só a família lê. Se tem um conteúdo interessante que foi publicado no site do Mercadante, nós temos que articular politicamente para que esse conteúdo esteja no blog do cara, sugerir para ele que hoje a linha é o tema tal. Essa é um pouco da agitação que a gente vai fazer como coordenador de campanha durante a campanha Dilma, que a gente articule os conteúdos, o tema do dia, no que a gente tem de bater, o que temos que responder politicamente não fique tendo como referência os noticiários. E também buscar conteúdo nesse rede de blogs que possa ser aproveitado no blog principal de campanha. Essa ideia de estar sempre produzindo um videozinho, 'ah temos que produzir um videozinho massa pra bater nos caras', é legal. Mas mais legal que isso é estar tarrafeando na rede coisas que já estão lá", explicou.

Marcelo lembra que a internet não é um veículo de comunicação de massa, mas um espaço de expressão individual, "uma rede de indivíduos, de pessoas conectadas em rede, não uma rede de computadores". Por isso quer utilizar essa possibilidade na campanha eleitoral em favor da pré-candidata do governo.

"Nós estaremos aprendemos, os brasileiros estarão aprendendo, junto com as coordenações de campanha, a fazer campanha política na internet. Ninguém sabe muita coisa, é a primeira experiência. Acho que devemos zelar pela qualidade dessa campanha política. Nós, que somos do governo e temos mais de 70% de aprovação popular, temos a possibilidade de mostra as realizações do nosso governo, comparar com o governo anterior e com nossos adversários, e fazer um debate de alto nível na internet", finalizou.

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