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Quase 7 mil membros (6.837) do PMDB de Curitiba tiveram suas filiações suspensas pelo partido a partir desta quinta-feira (10). Esse é o resultado de um trabalho de recadastramento de filiados, que cancelou a filiação de peemedebistas que não compareceram às últimas três convenções do partido e não apresentaram justificativa.

Com isso, o número oficial de membros na capital passa a ser de 4.392 integrantes, de acordo com Doático Santos, o coordenador do recadastramento e um dos membros da comissão provisória que comanda o diretório partido em Curitiba. No fim de setembro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrava 11.157 filiados na capital.

Apesar da suspensão, os interessados podem entrar em contato com o partido em até 90 dias para reativar a filiação. O prazo para a reativação vai até 10 de janeiro e pode ser feito por qualquer meio de comunicação do partido, ainda segundo ele.

"Nós tínhamos 11 mil filiados, isso sobrecarrega a comunicação. Queremos ter um partido mais ágil, que funcione com a rapidez da comunicação on-line", afirmou.

O trabalho de recadastramento consistiu em publicar editais na imprensa e no site do partido, pedindo para que os filiados que não compareceram às últimas três convenções se manifestassem. Nessa fase, cerca de 1,7 mil pessoas responderam ao chamado, que se somaram a outros 2,6 mil que estavam com os compromissos com o partido em dia.

Curiosidade

O partido tinha membros "inusitados", como a mãe do prefeito Gustavo Fruet (PDT) e a mãe do vereador Paulo Salamuni (PV). De acordo com Santos, todas elas tiveram a filiação suspensa, mas ainda podem reativar a conta caso se manifestem até janeiro do ano que vem.

Eleições para o diretório

As eleições para o diretório do PMDB em Curitiba serão realizadas em 7 de dezembro, segundo definiu a atual comissão provisória. Um dos candidatos será Stephanes Junior, que já faz parte da comissão provisória.

Queda de braço

O recadastramento aconteceu em meio a queda de braço entre duas vertentes do diretório municipal. Um lado é formado pelos que apoiam a candidatura do senador Roberto Requião às eleições do ano que vem e o outro se alinha ao governador Beto Richa (PSDB) e a sua tentativa de reeleição. O controle do diretório de Curitiba é peça importante para as projeções de 2014.

Santos confirma que o recadastramento diminuiu o número de pessoas que podem votar nas eleições para a presidência do diretório municipal. Mas evita dizer que a medida tem caráter político ou deva influenciar o resultado do pleito.

Grupo ligado a Requião venceu as eleições para o comando do diretório municipal em julho. A votação sofreu questionamentos e, por fim, foi impugnada pela comissão executiva do PMDB no Paraná em setembro.

Agora, a direção do partido em Curitiba é dividida entre Santos, o deputado estadual Stephanes Junior, o ex-governador Orlando Pessuti, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, e Professora Maria Arlete Rosa – que foi quem apresentou o pedido de impugnação das eleições de julho.

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