A Vara Criminal de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), condenou o policial civil Delcio Augusto Rasera a vinte anos e nove meses de prisão, além da perda do cargo, pelos crimes de quadrilha e diversas escutas ilegais, popularmente conhecidas como "grampos". A condenação é do último dia 27 de fevereiro e acatou pedido do Ministério Público do Paraná (MP-PR). A informação foi divulgada nesta sexta-feira (15) pelo próprio MP.

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Procurado pela reportagem, o policial disse que ainda não tinha sido informado da decisão e que entraria em contato com os advogados. Após conversar com os representantes, ele retornaria a ligação, o que não aconteceu até as 18h.

Em setembro de 2006, Rasera – que estava afastado da polícia para trabalhar na Casa Civil do Governo do Paraná durante a gestão de Roberto Requião – foi preso por uma equipe da Promotoria de Investigação Criminal (PIC), atual GAECO, sob a suspeita de executar escutas ilegais e de portar armas ilegalmente durante o período eleitoral.

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Na época, o GAECO denunciou doze pessoas à Justiça de Campo Largo sob acusação de crimes de quadrilha armada e de interceptação clandestina de telefones (sem a devida autorização judicial). O esquema, segundo o MP-PR, teria como mentor o policial, que mantinha uma empresa de investigação particular, onde atuavam dois de seus filhos.

As investigações do MP-PR apontam que a quadrilha também obtinha extratos de ligações clandestinas e dados pessoais de titulares, para o fim de interceptações, junto a pessoas que trabalhavam em empresas de telefonia. O ministério apreendeu equipamentos eletrônicos, gravações e e-mails que comprovaram as interceptações perante a Justiça.

O Ministério Público não soube informar, até as 18h desta sexta, sobre a condenação ou não dos demais réus acusados no processo.