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Curitiba – O que vai mudar no PT com a eleição de um integrante da esquerda do partido?Temos um compromisso de restabelecer a democracia interna no nosso Partido, que foi quebrada com as alterações promovidas em nosso Estatuto pelo campo majoritário. Queremos realizar, no menor prazo possível, um Congresso de Refundação Socialista do PT, para revermos estas mudanças estatutárias, reafirmarmos o nosso socialismo petista e promover o reencontro do Partido com as suas bases.

Qual o posicionamento do senhor em relação à política de alianças e à política econômica?A política de alianças em curso, baseada no pragmatismo e no fisiologismo de maiorias congressuais, só tem nos imposto derrotas. Por isso defendemos a adoção imediata de mecanismos de Democracia Participativa, estimulando a participação popular na definição das políticas públicas do governo federal. A mudança na política econômica é necessária e possível. Não há teoria econômica que explique que a taxa de juros de quase de 20% seja o único caminho para impedir ou combater a inflação. É perfeitamente possível baixar os juros sensivelmente e ter uma política de crescimento e uma maior incidência em outros mecanismos que impeçam a inflação.

Qual seria a maneira ideal para se fazer financiamento de campanha?O problema que temos de enfrentar é o do atual sistema político brasileiro, movido pela lógica do financiamento privado das campanhas e do voto nominal, que estimula campanhas personalistas onde o marketing prepondera sobre o programa. Precisamos votar a Reforma Política e garantir o financiamento público de campanhas, o voto em lista preordenada e a fidelidade partidária. Com essas mudanças, a população vai optar pelo programa do Partido e não pelo melhor slogan de campanha.

O que o senhor pretende fazer para evitar a corrupção no partido?Cabe a nova direção, dar curso e concluir o mais rápido possível o processo de apuração de responsabilidades de dirigentes e parlamentares denunciados por corrupção. A nova direção tem que garantir que os culpados serão punidos e que quem traiu o Partido não permanecerá no PT.

Como o PT vai saldar as dívidas de campanha?As dívidas do partido serão saldadas com a instituição de uma nova gestão das finanças partidárias. Uma gestão eficiente, que retome o conceito de auto-financiamento - da contribuição sistemática de cada militante em cada município; do controle dos gastos. Compromisso militante para a arrecadação e distribuição dos recursos entre as instâncias partidárias e austeridade nos gastos.

Qual é a principal crítica a seu adversário?Basicamente, precisamos recuperar o Diretório Nacional como instância de formulação das políticas. Hoje ele é um homologador de decisões tomadas anteriormente, pelo campo majoritário, que é representado pela candidatura do Berzoini.

O senhor defende a candidatura do presidente Lula em 2006?Para fazer esse projeto (reeleição de Lula) avançar , como afirmou a maioria dos petistas no primeiro turno, precisamos de uma política econômica capaz de gerar desenvolvimento com distribuição de renda. Precisamos conquistar uma reforma política democrática e incentivar a participação popular.

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