Os técnicos da Receita Federal vão auxiliar a CPI dos Correios a analisar os documentos de investigação. A decisão foi anunciada após reunião realizada na manhã desta sexta-feira entre o relator e o sub-relator da CPI, deputados Osmar Serraglio (PMDB-PR) e Gustavo Fruet (PSDB-PR), e o secretário substituto da Receita, José Pinheiro.
- Eles colocaram à disposição uma equipe que vai nos ajudar para que tenhamos informações que eles têm e nós não temos, e vice-versa - afirmou Serraglio.
O deputado disse também que a Receita já instaurou processos fiscais contra vários investigados da comissão. E, por isso, a CPI poderá transferir os sigilos que possui para a Receita Federal sem precisar aprovar requerimentos.
Para Fruet, com os dados da CPI, a Receita Federal poderá aprofundar as investigações:
- Agora temos que mandar as informações, compartilhar com a Receita, fazer o cruzamento de dados e dar instrumentos para que a Receita possa aprofundar as investigações das ações fiscais. Por exemplo, chamando as pessoas que tiraram dinheiro da boca do caixa para explicar de onde veio o dinheiro, se foi uma prestação de serviço e se eles declararam à Receita Federal.
Segundo ele, o cruzamento das declarações da Receita Federal com os dados que a CPI possui sobre movimentação bancária indicou diferenças:
- Não significa que a gente possa afirmar que existem irregularidades, mas é uma diferença brutal, é desproporcional. Não deve ser mero erro de contabilidade.
Entre as empresas que respondem a ações na Receita estão a SMPB, a DNA, a Grafitti, a 2S e a Solimões, pertencentes ao empresário Marcos Valério e a sua esposa, Renilda Santiago de Souza. Os dois também respondem a processos fiscais como pessoas físicas.
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