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Deputados aliados se reuniram  nesta segunda-feira (4) com o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, para tentar encontrar uma solução. | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
Deputados aliados se reuniram nesta segunda-feira (4) com o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, para tentar encontrar uma solução.| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Além da queda de braço que terá de travar com o funcionalismo público a respeito da reposição salarial de 2016, o governo do Paraná poderá enfrentar resistência dos próprios deputados da base aliada.

Parlamentares governistas já externaram ao Executivo insatisfação em votar qualquer projeto que revogue o acordo que pôs fim à greve dos professores no ano passado – e que valeu para todos os servidores. No momento, a única vantagem para o governo é ter até o fim do ano para encontrar uma solução para o imbróglio.

Conforme revelou a Gazeta do Povo na semana passada, o Executivo expôs aos deputados não ter condições de honrar promoções e progressões na carreira ao funcionalismo e, ao mesmo tempo, garantir o reajuste ao final do ano. Seria preciso optar por apenas um dos pagamentos.

O problema é que, além de as promoções e progressões já estarem em atraso há mais de um ano, o reajuste está previsto em lei aprovada pela Assembleia.

Conforme acordado com os professores em meio à greve do ano passado e após o fatídico episódio do dia 29 de abril, as perdas inflacionárias de 2016 serão pagas em janeiro de 2017 – quando os servidores também deverão ganhar um adicional de 1%.

Além disso, a reposição da inflação pelo IPCA de janeiro a abril de 2017 será paga em 1.º de maio do ano que vem – quando a data-base dos servidores voltará a ser em maio, e não mais em janeiro.

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Sob a alegação do Executivo de que não há dinheiro em caixa para bancar os dois pagamentos, deputados aliados se reuniram no fim da tarde desta segunda-feira (4), na presidência da Assembleia, com o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, para tentar encontrar uma solução para o tema. O encontro, no entanto, terminou sem acordo.

“A maioria da base é contra fazer alterações na lei que definiu o reajuste. O sentimento geral é de perda de confiança nos números apresentados pelo secretário Mauro Ricardo [Costa, da Fazenda]. Não acreditamos que só há dinheiro para pagar uma coisa ou outra”, resumiu um parlamentar governista. “Além do mais, ninguém está à vontade de fazer qualquer alteração antes das eleições municipais.” O grande temor dos parlamentares é que um novo desgaste semelhante ao do ano passado, causado pela reforma da previdência estadual, possa prejudicar a campanha de aliados no pleito deste ano.

Questionado sobre o caminho que o governo deverá tomar, Rossoni minimizou as divergências com a base aliada e ressaltou o momento delicado por que passa a economia do país e, por consequência, a do Paraná. “A reunião com os deputados foi proveitosa. Todos sabem que temos de encontrar uma solução para não colocar as finanças do estado em dificuldade.”

Cobrança

Nesta segunda-feira (4), professores percorreram os gabinetes da Assembleia para pressionar os deputados a se posicionar contra a revisão do reajuste salarial de 2016 já previsto em lei. Na imagem abaixo, eles conversam com Hussein Bakri (PSD) e o presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB). Também fizeram protestos e entoaram palavras de ordem das galerias durante a sessão plenária.

Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
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