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O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo de Brasília (Cindacta 1) está operando desde com 15 controladores de vôo extras, que foram convocados de outras áreas de controle do Brasil, mas que já tinham atuado na capital federal. Com este reforço e com os acordos que permitirão a contratação de mais 124 profissionais da área, os militares acreditam que haverá uma situação de normalidade duradoura nos aeroportos do Brasil.

Os 15 controladores de vôo devem atuar em Brasília até que o Cindacta 1 receba os até 60 controladores contratados temporariamente, de acordo com medida provisória publicada no Diário Oficial na sexta-feira, e os 64 controladores civis que a Infraero vai contratar por concurso. Na capital federal, apenas um vôo, vindo de Porto Velho e com destino ao Rio de Janeiro, estava atrasado (duas horas). O movimento no local era tranqüilo e sem filas nas companhias aéreas.

Nesta semana, provavelmente na quarta-feira, representantes dos controladores discutirão com o governo algumas de suas reivindicações para acabar com a operação-padrão, como plano de carreira para a categoria e desmilitarização da profissão.

Balanço divulgado nesta segunda-feira pela Infraero mostra que a movimentação nos aeroportos voltou à normalidade. Segundo a estatal que administra os aeroportos, são registrados atrasos inferiores a 15 minutos, o que é considerado rotineiro. De acordo com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), os maiores atrasos ocorreram em Curitiba (PR), e foram causados pela falha em um equipamento de comunicação.

A manhã de segunda-feira também começou sem atrasos no Rio de Janeiro, mas três vôos foram cancelados. Segundo a Infraero, por motivos operacionais. No Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, o movimento era normal.

Em São Paulo, a operação foi normal na manhã desta segunda-feira no Aeroporto de Congonhas, com atrasos nas partidas de, no máximo, 15 minutos, o que é considerado normal pela Infraero. Nas chegadas, atrasos de até meia hora, também considerados normais. No Aeroporto Internacional de São Paulo, em Cumbica, Guarulhos, a operação também foi considerada regular.

O aeroporto de Congonhas vai funcionar com horário estendido, até 1h30, durante todo o mês de novembro. A medida é para evitar o acúmulo de vôos em determinados horários. Mas isso já está provocando protestos dos vizinhos do aeroporto.

No Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba, 13 vôos estavam atrasados e dois tinham sido cancelados na manhã desta segunda-feira: um da TAM, que vinha de Buenos Aires, e um da Gol, com destino a Congonhas.Passageiros podem ser ressarcidos

Os passageiros que se sentiram lesados pelos atrasos e cancelamentos de vôos registrados nos últimos dias estão protegidos pelo Código de Defesa do Consumidor e devem recorrer à empresa aérea para serem ressarcidos dos prejuízos. Segundo o advogado Arthur Luis Mendonça Rollo, a relação direta do consumidor é firmada com a companhia aérea, a quem o passageiro deve acionar. Atrasos superiores a quatro horas dão direito à devolução do dinheiro da passagem e não são toleráveis porque, dependendo da distância, compensaria para o passageiro fazer o percurso de ônibus. É isso o que ocorre, por exemplo, em vôos da ponte aérea Rio-São Paulo.

De 26 de outubro a 4 de novembro, a operação-padrão dos controladores de vôo afetou 43% das decolagens em todo o país. De 14.700 vôos que decolaram, 5.145 registraram atrasos significativos. O percentual de cancelamentos ficou em 8%, o que representa 1.176 vôos.

No Paraná, metade dos vôos do Afonso Pena sofre atraso em dia "tranqüilo"

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