Cardozo e Anastasia: pedido do petista negado pelo tucano.| Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil/Fotos Públicas

O relator do processo de impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), recusou nesta quinta-feira (2)o pedido da defesa de Dilma Rousseff e de outros parlamentares de que fossem anexadas ao processo as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

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O pedido de acesso às gravações era uma inovação da defesa protocolada pelo ex-ministro José Eduardo Cardozo, que defenda Dilma. Ele argumenta que os diálogos envolvendo o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da República José Sarney confirmariam a tese da defesa de “desvio de poder” no processo de impeachment. Nas gravações, a saída de Dilma é tratada como uma forma de parar a Lava Jato.

Anastasia argumentou que o processo trata apenas de decretos de crédito suplementar e pedaladas fiscais. Afirma que já houve decisão do ministro Teori Zavascki de forma contrária à tese do “desvio de poder”. Sustenta ser estranho ao objeto do projeto o pedido das gravações.“De imediato, percebe-se que os fatos indicados são totalmente estranhos ao objeto desse processo, além do mais, essa matéria se encontra devidamente esclarecida”, disse Anastasia.

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Perícia internacional

Anastasia recusou ainda pedido de que um órgão internacional fizesse perícia econômico-financeira e contábil no processo, designando o Tribunal de Contas da União (TCU) para realizar tal trabalho. Ele argumentou que o TCU é órgão de assessoramento técnico da Casa e deve ser designado para esse fim. Diz não haver vinculação dos senadores ao resultado da perícia e não haver espaço para discussão de teses jurídicas em perícia, sendo instrumento eminentemente técnico. Ressalta ainda que não haveria sentido em arcar com “custos extras” para esse fim.