A deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB), relatora da comissão especial de admissibilidade de impeachment da governadora Yeda Crusius (PSDB), pediu o arquivamento do processo.
Pelo rito, o parecer de Zilá deverá ser votado nesta quinta-feira (8) na comissão, e numa das primeiras sessões da semana que vem no plenário.
Na análise, publicado nesta quarta-feira (6) no Diário Oficial da Casa, a tucana entendeu que "não está presente justa causa a autorizar a admissibilidade do pedido de instauração de processo por crime de responsabilidade contra a governadora do Estado". A parlamentar, que também é presidente do PSDB do Estado, precisou de cinco dos dez dias que tinha de prazo para elaborar o parecer entregue na noite de segunda-feira ao presidente da comissão, o líder do governo na Assembleia Legislativa, Pedro Westphalen (PP).
Maioria
Os aliados de Yeda prometem fazer valer a maioria de 17 a 12 na comissão e de 34 a 20 no plenário para encerrar o assunto com a maior brevidade possível e evitar mais desgastes à tucana, que seguirá enfrentando uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal e uma CPI que investiga corrupção em sua administração. O pedido de impeachment foi protocolado por integrantes do Fórum dos Servidores Públicos do Estado (FSPE) no dia 9 de julho e acolhido, para análise de admissibilidade, pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), no dia 10 de setembro. Na justificativa, os signatários sustentaram que havia um conjunto de denúncias de corrupção envolvendo agentes do governo do Estado. O principal indício citado foi uma carta que o empresário Lair Ferst, ex-militante do PSDB e um dos réus do caso Detran, havia enviado ao Ministério Público Federal relatando o uso de caixa dois na campanha eleitoral de 2006, pagamento "por fora" de parte do imóvel adquirido por Yeda no final daquele ano e arrecadação de propinas por agentes públicos.
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