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Renan Calheiros (PMDB-AL) foi reeleito nesta quinta-feira (1) presidente do Senado. Aliado do presidente Lula, o senador alagoano recebeu 51 votos, enquanto José Agripino (PFL-RN) teve 28. Também foram registrados um voto nulo e outro em branco.

A eleição para a presidência do Senado começou por volta das 12h25, pouco mais de uma hora depois da cerimônia de posse dos 27 senadores eleitos nas eleições de 2006.

Em seu primeiro discurso após ser reeleito, Renan voltou a defender a autonomia do Senado. "Quero renovar meus compromissos com a autonomia do Senado Federal. Pela democratização das ações dessa Casa, como sempre fizemos", afirmou Renan, que destacou a importância de aprofundar algumas reformas no país.

Renan também agradeceu ao apoio de seu partido. "Gostaria de expressar minha gratidão a meu partido, o PMDB, que mais uma vez conferiu a mim essa responsabilidade, honra, me indicando para presidir uma das mais democráticas e pluralistas instituições da República."

O PMDB conta com a maior bancada no Senado, com 20 cadeiras. O PFL do candidato derrotado José Agripino possui 17 representantes. Depois, aparece o PSDB com 13 senadores. A quarta maior bancada pertence ao PT, com 11.

Discurso antes da eleição

Ao falar aos senadores, o peemedebista lembrou que sua administração no biênio 2005/06 foi marcada pela ética. "Quem morreu no Brasil não foi a ética, quem apodreceu foi o nosso sistema político. A minha gestão foi uma gestão ética. A austeridade não é um discurso, mas prática. Isso foi praticado em minha gestão." Apesar de conhecido pelo seu bom relacionamento com o Palácio do Planalto, o senador alagoano ressaltou a importância da independência da Casa. "Nunca permiti nem permitirei que a cordialidade possa confundir governabilidade com submissão e boa vontade com subserviência. Nossos patrões são os brasileiros."

Renan também procurou desatrelar seu nome de qualquer interesse do governo federal na condução do Congresso. "Nunca é demasiado lembrar que não há democracia sem Congresso forte. A autonomia e a independência não são discurso, são prática", disse. Posse dos senadores

Ao abrir a cerimônia de posse da 53ª legislatura, o presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou que o momento, além de histórico, é motivo de dupla celebração para todos, pois enaltece a democracia representativa e simboliza o fortalecimento do Legislativo. A cerimônia se iniciou às 10h50 e terminou às 11h10.

"De um lado, essa liturgia representa a perseverança na democracia representativa. De outro, significa o fortalecimento da crença no Poder Legislativo, interface viva, pulsante, cotidiana da sociedade, com os poderes constituídos", afirmou.

O senador reeleito do Rio Grande do Sul, Pedro Simon (PMDB), leu o compromisso de posse no Senado, que teve o seguinte teor: "Prometo guardar a Constituição Federal e as leis do país, desempenhar fiel e lealmente o mandato de senador que o povo me conferiu e sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil".

Em seguida, o presidente do Senado, Renan Calheiros, chamou os senadores nominalmente para confirmar o juramento. No entanto, o peemedebista acabou cometendo uma gafe e esqueceu o senador eleito de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

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