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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira (16) não ter havido “dinheiro público” no pagamento da pensão para a filha fora do casamento. O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir em breve se ele vai virar réu por peculato (desvio de dinheiro público), falsidade ideológica e uso de documento falso no escândalo de 2007, em que é acusado de ter recebido propina da Mendes Junior para pagar despesas pessoais em troca de emendas parlamentares para a empreiteira.

Na chegada a seu gabinete, Renan admitiu ter cometido um “excesso”, mas destacou que o caso envolve uma questão pessoal que precisa ser preservada. “Sobre essa matéria é preciso que se diga, primeiro, que quem pediu a investigação junto ao Supremo Tribunal Federal e ao Ministério Público fui eu. Eu, mais do que qualquer um, tenho total interesse que essas coisas se esclareçam. Isso não envolve dinheiro público”, afirmou.

O presidente do Senado informou que, depois, falará sobre o assunto. Reafirmou não haver nenhum fato novo e que a matéria já foi fartamente discutida. “Eu já dei todas as explicações”, disse.

Há duas semanas, Renan não respondeu se, caso vire réu no Supremo, vai deixar o cargo de presidente do Senado. Ele é o quarto na linha sucessória da Presidência da República. O peemedebista ainda é investigado em outros seis inquéritos na Corte por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, dentro da Operação Lava Jato.

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