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Principal articulador da candidatura de José Sarney (PMDB-AP) à presidência do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu intensificar a busca de votos no PMDB para o aliado. Com a indicação de que um grupo de parlamentares do partido promete desembarcar da candidatura Sarney, Renan decidiu procurar aqueles que cogitam votar no petista Tião Viana (AC).

A avaliação de peemedebistas é que, no partido, Renan vai conquistar o apoio praticamente integral da bancada. A exceção está no senador Jarbas Vasconcelos (PE), que já declarou publicamente não estar disposto a apoiar Sarney.

Jarbas, que aderiu à candidatura de Tião, é contrário ao retorno do grupo de Renan depois que o peemedebista acabou afastado da presidência da Casa em meio a uma série de denúncias de quebra de decoro parlamentar. Embora absolvido pelo plenário do Senado, Renan se afastou da presidência no final de 2007 depois de enfrentar cinco processos no Conselho de Ética da Casa.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), que também tem resistências a Sarney, é um dos que será procurado pelo grupo de Renan. Como Simon tem a tradição de seguir as determinações do partido, a expectativa dos peemedebistas é que ele declare o seu voto em Sarney mesmo com resistências pessoais.

Outro lado

O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), disse ontem que a disputa entre Tião Viana e José Sarney pela presidência do Senado será decidida no voto. Apesar de reconhecer que Sarney integra um partido aliado ao governo federal, Berzoini disse que a candidatura do peemedebista "não contribui" para o processo democrático.

"Sarney é um aliado do governo desde 2003. O PT ajudou a elegê-lo naquela eleição. Mas sua candidatura, apresentada na reta final do processo, depois de inúmeras negativas, inclusive em interlocução com o senador Tião Viana, não contribui para o processo", disse Berzoini em entrevista ao site do PT.

O deputado reiterou que os petistas vão se manter na campanha do deputado Michel Temer (PMDB-SP), na disputa pelo comando da Câmara, mesmo com a ameaça do PMDB ficar com a presidência das duas Casas Legislativas.

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