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Parlamentares lançam frente suprapartidária pela saída de Renan Calheiros

Deputados de vários partidos lançaram hoje nesta quarta-feira (10), durante ato no Salão Verde da Câmara, uma frente suprapartidária pela saída de Renan Calheiros (PMDB-AL) da presidência do Senado. A frente será formada por deputados e senadores. Leia matéria completa

Com Renan, Senado vê poucas chances de se votar CPMF

O clima negativo do Senado, por conta da resistência de Renan Calheiros (PMDB-AL) em permanecer no comando da Casa, é tratado por aliados do governo e pela oposição como o obstáculo número um do governo para aprovar a prorrogação da CPMF até 2011. "Nessas condições, não se vota a CPMF. Sem o afastamento do Renan não há condições" avalia o senador Delcídio Amaral (PT-MS). Leia matéria completa

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As curvas da morena Mônica Veloso começaram a estremecer o Congresso poucas horas depois de a edição de outubro da revista "Playboy" chegar às bancas nesta terça-feira (9). Leia matéria completa

O presidente do Conselho de Ética do Senado, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), anunciou na manhã desta quarta-feira que o senador Jefferson Peres (PDT-AM) será o relator da terceira representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na qual é acusado de usar "laranjas" para esconder sociedade em emissoras de rádio de Alagoas. O convite foi feito na noite de terça-feira. Peres já avisou que vai se ater a questões técnicas das denúncias e, se não encontrar provas, não pedirá a condenação de Renan.

- Toda denúncia tem quer ser baseada em provas, para que não seja injusto. Seria um ato desonesto de minha parte não encontrar provas e pedir a cassação - comentou Peres, embora afirme que as denúncias são fortes.

- Vai ser um parecer técnico, embora eu já tenha pedido politicamente o afastamento do senador Renan da presidência. São coisas diferentes. A minha posição como senador é uma, e como relator é outra.

O senador pedetista não descarta a possibilidade de chamar para depor o usineiro João Lyra, desafeto de Renan e responsável pela denúncia que levou à representação.

Peres ainda disse que vai conversar com o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), para pedir cópia dos trabalhos já empreendidos pela corregedoria. Sua primeira providência será notificar Renan, que terá cinco dias para apresentar a defesa prévia. O relator disse que fará um esforço para concluir o parecer até 2 de novembro.

- Vou fazer um esforço para cumprir o prazo de 2 de novembro, já que foi fruto de um acordo político - afirmou.

Desde o início da crise, Jefferson Peres sempre foi um dos principais defensores do afastamento de Renan da presidência do Senado. Considerado pelos colegas como um dos ícones da ética no Congresso, esta será a terceira vez que vai relatar um processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética. Nas outras duas, concluiu pela quebra de decoro e, conseqüentemente, sugeriu a perda de mandato parlamentar de Luiz Estevão (PMDB-DF), que acabou cassado, e Ney Suassuna (PMDB-PB), que foi absolvido.

O presidente do PSDB, senador Tasso Jereisatti (CE), elogiou a indicação afirmando que é positiva a indicação de Peres porque dá credibilidade ao Conselho de Ética.

Senadores e deputados lançam 'Fora Renan' e exigem afastamento

A temperatura da crise política não pára de crescer. Após a sessão da tarde desta terça-feira, Renan foi obrigado a passar pelo constrangimento de ver diversos colegas, inclusive petistas, pedindo seu afastamento da presidência da Casa. Nesta quarta, um grupo de cerca de dez deputados do PSDB, DEM, PSB, PV e PSOL fez um ato no Salão Verde da Câmara. Sob o slogan "Fora Renan e os 46 Calheiros", uma referência ao número de senadores que se abstiveram ou votaram a favor da absolvição do presidente do Senado, os parlamentares iniciaram uma coleta de assinaturas como forma de pressionar pela saída de Renan. Também nesta quarta a OAB aderiu ao movimento "Fora Renan", segundo o Blog do Noblat. O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), afirmou que o lançamento do movimento " é reflexo do jantar da noite desta terça-feira na casa do deputado José Aníbal (PSDB-SP).

Senadores que participaram do jantar disseram que a situação é insustentável, com enorme desgaste para a instituição. O mesmo já se diz no Palácio do Planalto. Petistas como a líder do partido, Idelli Salvati (SC) e Aloizio Mercadante (SP), aumentaram a pressão sobre Renan e sugeriram, no plenário, que ele deixe a presidência da Casa. Renan, em dado momento, desceu da tribuna, de onde se defendia, e deixou Mercadante falando sozinho. O peemedebista chegou a bater boca com Demóstenes Torres (DEM-GO).

Segundo Idelli, a sessão de terça-feira deixou um recado claro, que "só não entende quem não quer".

- A sessão foi um divisor de águas, emblemática. Com pequenas diferenças de tom, todos os senadores que se manifestaram, de praticamente todos os partidos, pediram a saída do senador Renan - afirmou a senadora petista.

Demóstenes confirmou o acordo da oposição para trancar a pauta se o caso Renan não se resolver até o início de novembro.

- O senador Renan tem de sair ou a partir do dia 2 de novembro a oposição se recusa a votar o que quer que seja sob a batuta do atual presidente do Congresso - frisou.

O presidente do Senado, por sua vez, insistiu que não pretende se afastar e anunciou no plenário a abertura de uma sindicância para investigar a denúncia de que o ex-senador Francisco Escórcio (PMDB-MA), hoje seu assessor, teria tentado organizar um esquema de espionagem de senadores favoráveis à cassação de seu mandato. Renan anunciou ainda o afastamento temporário de Escórcio, que ficará fora de sua função até a conclusão da investigação.

Na quinta ação do gênero, os partidos de oposição entregaram à Mesa do Senado nesta terça-feira representação por quebra de decoro parlamentar contra o presidente do Senado. O motivo da quinta tentativa de cassar o mandato do senador alagoano é a denúncia contra Renan de tentar espionar dois senadores adversários.

Para OAB, reforma política teria evitado crise no Senado

O presidente da Comissão Nacional de Defesa da República e da Democracia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Fábio Konder Comparato, afirmou nesta quarta-feira que, mesmo diante da falta de ações judiciais adequadas, já se deveria ter tirado Renan de sua "posição eminente de pecuarista e de chefe de um órgão legislativo". Para Comparato, caso a reforma política tivesse saído do papel, situações como a que o presidente do Senado tem contra si cinco representações tramitando no Conselho de Ética, teriam sido evitadas.

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