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Com as articulações para sua sucessão em curso e mais três processos no Conselho de Ética em andamento, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avisou aos amigos mais próximos que retorna ao Senado nessa semana para exercer seu mandato de senador. A licença médica de 10 dias venceu na sexta-feira(2).

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) informou que ele fez uma bateria de exames no Incor de Brasília e "está tinindo" para retornar ao trabalho. Mas, diante da dificuldade do PMDB em encontrar um candidato de consenso para sua sucessão, e sem garantias de que conseguirá salvar o mandato no próximo julgamento em plenário, Renan voltou a trabalhar com a hipótese de renovar a licença da presidência do Senado, que acaba no próximo dia 26.

O senador Edison Lobão (PMDB-MA) também esteve com Renan há alguns dias e contou que o encontrou mais confortado e descansado. Disse que sua impressão é de que Renan não renovará a licença médica:

- Ele tem falado com senadores, por telefone, quase todos os dias. Os amigos também o visitam muito.

Relator da denúncia de envolvimento de Renan em um esquema de propina nos ministérios do PMDB, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) disse que, a princípio, pensou em considerar a representação do PSOL inepta, por falta de provas. Mas reconsiderou e, na terça-feira, notifica Renan para que ele apresente defesa. Salgado disse que esteve com Renan na véspera do feriado e ouviu dele que está pronto para voltar. Renan continua na residência oficial e não pensa mais em ir para o apartamento funcional, mesmo com a possibilidade de renovar a licença da presidência.

- O Renan já emprestou o carro, o motorista e o gabinete para o Tião Viana (presidente em exercício do Senado). Tudo que o Tião está usando foi emprestado por ele, que continua presidente - disse Salgado.

Segundo os amigos que o visitam, Renan está muito esperançoso com a possibilidade de manter o mandato de senador. Está conformado em perder a presidência do Senado. $negociações que garantirão sua renúncia têm como contrapartida a manutenção do mandato parlamentar.

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