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A renúncia do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF) nesta quarta-feira (4) não terá reflexo no processo envolvendo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), investigado pelo Conselho de Ética por irregularidades na relação com uma empreiteira.

"A renúncia do senador Roriz em nada alivia o caso do Renan. Vai obrigar o Conselho de Ética a analisar com mais firmeza e mais rapidez o processo", afirmou o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia.

Renan é acusado de receber ajuda de Cláudio Gontijo, representante da construtora Mendes Júnior, para pagar a pensão à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha de três anos. Além disso, ele é suspeito de inflar artificialmente suas receitas com ganhos supostamente irregulares com venda de gado.

Para o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), agora todo o foco do Senado cai sobre os ombros de Renan. "Além de não haver mais concorrência no caso, o gesto do Roriz pode se estender ao presidente Renan porque se defende que ele deixe o cargo da presidência para responder ao processo", disse o senador. PSDB, DEM, PDT e senadores da base aliada defendem que Renan responda ao processo no Conselho de Ética sem a cadeira da presidência da Casa.

O deputado Tadeu Filipelli (PMDB-DF), aliado de Roriz, sublinhou que a decisão do ex-governador do Distrito Federal foi um gesto para evitar o processo político. "É uma perda para o Distrito Federal, mas ele poderá voltar nas próximas eleições. Foi uma maneira do senador evitar um julgamento político desigual", afirmou o deputado.

O também peemedebista Wellington Salgado (MG) aproveitou a renúncia para questionar a validade dos julgamentos políticos no Senado. "No Conselho de Ética somos juízes, mas ninguém foi treinado para isso. O Poder Judiciário julga sem o clamor popular, sem pressa. O Senado precisa aprender a fazer o julgamento político", disse o peemedebista que também é aliado de Renan.

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