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Brasília - O valor equivalente à diferença entre o porcentual de 6,14% de reajuste que já está sendo recebido pelos aposentados desde janeiro e o índice de 7,72% sancionado pelo presidente Lula deverá ser pago em setembro. A informação é do ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas.

Essa diferença será paga porque o aumento de 7,72% é retroativo a janeiro, mês em que os aposentados passaram a receber 6,14% por meio de uma medida provisória. Gabas assegurou, porém, que já em julho os aposentados receberão os 7,72% (sem a diferença).

A estimativa do ministro é que o pagamento retroativo custe cerca da metade do impacto previsto para o reajuste, de R$ 1,6 bilhão – ou seja, os atrasados devem custar em torno de R$ 800 milhões.

Gabas evitou fazer projeções do impacto do reajuste no déficit da Previdência, mas admitiu que haverá necessidade de aumentar o financiamento da Previdência pelo Tesouro.

Para neutralizar o impacto negativo do reajuste nas contas, o governo anunciou cortes no orçamento deste ano e mudanças na proposta de Lei Orça­­mentária para 2011, que chegará ao Congresso em agosto. "Vai ter custo, vai doer em outros lugares", disse o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, em entrevista após solenidade para lançamento do Portal do Planejamento.

O ministro informou que o corte no orçamento este ano será na área de custeio e nas emendas de parlamentares. Indagado sobre se essa seria uma forma de colocar a conta nas mãos dos parlamentares, Bernardo retrucou: "mas eles são responsáveis". Ele disse ainda que o reajuste aos servidores da Câmara, também sancionado pelo presidente Lula, já tem previsão orçamentária, assim como o reajuste para os servidores do Senado que está sendo discutido na Casa.

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