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Veja que a corrida eleitoral para o governo do Paraná será bastante acirrada |
Veja que a corrida eleitoral para o governo do Paraná será bastante acirrada| Foto:

Sondagem entrevistou 1.830 pessoas

O Paraná Pesquisas fez o levantamento do cenário eleitoral para a Gazeta do Povo entre os dias 16 e 21 de dezembro, com 1.830 eleitores. A pesquisa foi feita em 65 municípios do Paraná. Para a seleção da amostra utilizou-se o método de amostragem estratificada proporcional, conforme o mapeamento do estado em dez mesorregiões homogêneas, segundo os critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grau de confiança do levantamento é de 95,5% e a margem de erro, 2,5%. Na estratificação por região metropolitana ou interior, a margem de erro varia de 3% a 4%.

Rejeição complica Pessuti

O levantamento do Paraná Pesquisas mostra que a candidatura do PMDB é fraca e que o PT não tem nome viável para disputar o Palácio Iguaçu, de acordo com os especialistas consultados pela Gazeta do Povo. Para Murilo Hidalgo, diretor do instituto, a rejeição a Orlando Pessuti (PMPDB) é bastante alta (17,9%) por causa da relação com o governador Roberto Requião (PMDB).

"A pesquisa mostra que o Pessuti não tem muita força e que não é com­­­petitivo para disputar o cargo de governador", observa o professor Ricardo Oliveira. Segundo ele, isso pode levar mais peemedebistas a aderirem à candidatura de Beto Richa (PSDB), como já vem ocorrendo. "E o PT não tem nomes viáveis, apenas nanicos. O caminho para sus­­­tentar a candidatura de Dilma à presidência será se aliar com outros partidos", acrescenta.

Beto supera Requião em aprovação

A imagem de bom administrador que o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), conquistou após a reeleição, quando conquistou mais de 70% dos votos, já não é só vista pelos curitibanos. A gestão do tucano é considerada ótima ou boa por 70,9% dos entrevistados pelo Paraná Pesquisas em todo o estado. A performance é bem superior à do governador Roberto Requião, cuja administração foi apontada como ótima ou boa por 52,5%.

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Eleitores consideram governador arrogante e Richa competente

Competente, trabalhador e determinado. Essas são as três características mais citadas pelos eleitores paranaenses quando questionados sobre a palavra que melhor descreve o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB). Já descrição do governador Roberto Requião (PMDB), feita a partir das pessoas ouvidas na pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, é de uma pessoa arrogante, trabalhadora e competente.

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Na disputa tucana, prefeito tem vantagem

O levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, feito com exclusividade para a Gazeta do Povo, mostra que o prefeito Beto Richa está com uma leve vantagem na disputa interna com o senador Alvaro Dias para ser o candidato do PSDB ao governo do Paraná.

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  • Confira que eleitores têm menos antipatia por Beto Richa e Osmar Dias

A dez meses da eleição para o governo do Paraná, cada um dos três principais candidatos ao cargo mostra que tem cacife eleitoral para ficar em vantagem sobre os outros dois concorrentes diretos. Levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas com exclusividade para a Gazeta do Povo mostra que os dois pré-candidatos tucanos – Beto Richa e Alvaro Dias – aparecem com pequena vantagem sobre Osmar Dias (PDT). Por outro lado, o pedetista se destaca pelo menor índice de rejeição, tecnicamente empatado com o prefeito (a margem de erro da pesquisa é de 2,5 pontos porcentuais para mais ou para menos).

O cenário apontado pela pesquisa, realizada em todo o estado, é de uma disputa acirrada em 2010. Nem mesmo a preferência do candidato do PSDB está definida.

Os dois tucanos também têm uma vantagem igual sobre Osmar Dias: eles aparecem com cinco pontos porcentuais na frente do pedetista. Alvaro vem afirmando que, caso ele concorresse ao governo estadual, o irmão desistiria da candidatura. Mas Osmar Dias nunca deixou de se colocar como postulante ao Executivo do Paraná.

Os demais candidatos são pouco citados. No cenário com Richa e Osmar, Orlando Pessuti (PMDB) – vice-governador – aparece com apenas 5,6%. Nedson Micheleti (PT), tem 1,3%. Lineu Tomass (PSC), 0,4%. E Melo Viana (PV), 0,3% – na terça-feira passada, depois de o levantamento ter sido feito, a executiva estadual do Partido Verde apontou o nome do diretor de Meio Ambiente de Itaipu, Nelton Friedrich, como pré-candidato ao governo. Se a disputa tiver como nomes principais Alvaro e Osmar Dias, Pessuti ganha mais votos (7,9%), mas os outros se mantêm quase com os mesmos índices.

De acordo com o cientista político Emerson Cervi, da UFPR, o dado que deve ser levado em conta é o índice de rejeição. "Se o eleitor diz que neste momento ele não votaria em determinado candidato de jeito nenhum, dificilmente mudará de ideia. É mais fácil trocar de candidato do que mudar a percepção sobre o rejeitado." Nesse quesito, Alvaro sai em desvantagem. Quinze por cento dos paranaenses dizem que não votariam nele de jeito nenhum; 9,1% afirmaram isso sobre Richa; e outros 8,9% apontaram Osmar Dias como opção indesejável.

Cervi observa ainda que as viagens constantes que Richa tem feito pelo interior surtiram efeito. "O grupo do PSDB ligado ao prefeito tem trabalhado bastante. Richa vem recebendo vários títulos de cidadão honorário em cidades de porte médio. Isso em si não rende dividendos, mas para receber a condecoração Richa vai até a cidade, dá entrevista às rádios, faz palestra em uma faculdade local."

No entanto, o cacife eleitoral de Beto Richa ainda está mais concentrado em Curitiba. Na capital, região metropolitana e litoral, ele tem 62,4% contra 21% de Osmar. No interior, a situação se reverte: 34% para Richa e 46,2% para Osmar. Na disputa entre os irmãos Dias, a situação é mais equilibrada. Alvaro tem 40,5% na capital e arredores e 39,9% no interior; Osmar aparece com 29,8% e 37,4%, respectivamente.

Para Luciana Veiga, professora de Ciência Política da UFPR, Beto Richa se destaca pelo alto índice de votos e pela pequena rejeição. "O potencial dele, que é grande, vem se manifestando, e com isso ele conseguiu avançar bastante." Por outro lado, aponta Ricardo Oliveira, também professor da UFPR, a candidatura de Osmar Dias também pode crescer bastante. "Ele ainda não fechou alianças com outros partidos, o que está atrapalhando sua pré-campanha. O PDT não tem estrutura forte no Paraná, e precisa se unir a um partido, como vinha cogitando fazer com o PT."

"O que se vê é que não há projetos, mas apenas intenção de candidaturas individuais", observa Murilo Hidalgo, diretor da Paraná Pesquisas. Ele ressalta que os candidatos com mais chance de ganhar estiveram juntos na eleição de 2006. "É a divisão de um grupo que perdeu (a disputa com o governador Roberto Requião) por uma diferença de 10 mil votos. Cadê os projetos que os uniam?" Para ele, sairá em vantagem o candidato que conseguir mostrar que terá mais competência para crescer no cenário alheio.

A definição do quadro eleitoral, no entanto, dependerá da corrida pela Presidência da República. Nos estados, tanto PT quanto PSDB vão priorizar os nomes que deem mais sustentação para os nomes de Dil­­mar Rousseff (PT) e José Serra (PSDB). "Há uma aproximação maior entre Alvaro e Serra do que entre Beto e Serra", avalia Cervi.

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