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Nos bastidores, entendeu-se que não houve mobilização suficiente para dar condições de derrotar Requião. | Hugo Harada/Gazeta do Povo
Nos bastidores, entendeu-se que não houve mobilização suficiente para dar condições de derrotar Requião.| Foto: Hugo Harada/Gazeta do Povo

Na véspera da convenção que vai escolher o novo comando do PMDB no Paraná, a chapa que enfrentaria o senador Roberto Requião desistiu da disputa. Com isso, o parlamentar será o presidente da sigla pelos próximos dois anos – há possibilidade de reeleição. Nesse período, o principal objetivo do grupo é distanciar o partido do governador Beto Richa (PSDB) e consolidar uma candidatura competitiva para o governo do estado em 2018.

Encabeçada pelo deputado federal Sérgio Souza, a chapa “PMDB para Todos” era considerada azarão no confronto com Requião. Nesta sexta-feira (23), o ex-deputado estadual Stephanes Jr., candidato a vice pelo grupo, formalizou a desistência da eleição. “Cada peemedebista que estava conosco fez suas ponderações e defendeu as razões de que não valeria à pena disputar a convenção”, afirmou.

Nos bastidores, entendeu-se que não houve mobilização suficiente para dar condições de derrotar Requião, apesar das tratativas feitas nas últimas semanas pelo ex-governador Orlando Pessuti – desafeto declarado do senador e expulso do partido recentemente.

Além disso, os integrantes da chapa acreditam que vão reverter na Justiça a decisão partidária que destituiu o próprio Pessuti (secretário-geral) e o deputado federal Osmar Serraglio (presidente) do comando da legenda no ano passado e o passou às mãos do grupo de Requião. “Participar da convenção seria legitimá-la, algo com o qual não concordamos”, disse um peemedebista. “Espero que essa decisão simbolize o fim das brigas que vivem o partido”, defendeu Stephanes.

Futuro do PMDB

Integrantes da chapa “PMDB de Cara Limpa” e sobrinho de Requião, o deputado federal João Arruda alfinetou Pessuti ao afirmar que quem liderava o grupo adversário estava mais interessado no enfrentamento pessoal do que em construir um projeto partidário. Para ele, a desistência é uma boa sinalização de que a outra chapa está disposta ao diálogo e a aceitar o que o grupo de Requião projeta para a legenda.

Arruda cita pesquisas internas segundo as quais a ampla maioria dos delegados do PMDB estadual querem se distanciar de Richa e, também, da presidente Dilma Rousseff, lançando nomes próprios à Presidência da República, Senado e governo do estado em 2018. “O governo Beto Richa tem a maior desaprovação do país, enquanto o PT está desgastado com a Lava Jato. Portanto, dos partidos com mais tempo de televisão, só sobrou a gente”, afirmou. “Nos tornamos uma grande alternativa já para o ano que vem na disputa pelas prefeituras e, principalmente, para 2018. Vamos construir um partido sólido, com os diretórios municipais alinhados às ideias que temos para o PMDB.”

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