A Subprefeitura da Sé estuda interromper a circulação de veículos durante a semana na Rua 25 de Março, importante pólo de comércio popular no centro de São Paulo. A medida deve ser implantada em setembro e, a princípio, deve ter três meses de duração. O bloqueio valerá apenas no horário comercial. Com isso, a administração municipal espera melhorar o trânsito de pedestres, inibir assaltos e retirar da região os camelôs ilegais, que ocupam as calçadas.

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O secretário de Subprefeituras e subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo, afirmou que a 25 de Março deve ganhar uma base permanente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e reforço da Polícia Militar para coibir a ação de ladrões, taxistas clandestinos e ambulantes irregulares.

Segundo estimativa da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco), a rua possui cerca de 2 mil camelôs ilegais, sendo que apenas 81 têm o Termo de Permissão de Uso (TPU) emitido pela Subprefeitura da Sé.

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- Os camelôs são o principal problema da rua. Eles dificultam a passagem de pedestres e favorecem a ação de assaltantes. Estamos negociando com a PM e GCM uma maneira de concentrar forças na região - afirmou o secretário.

Os ambulantes ilegais chegam a montar lojas móveis em carros estacionados no entorno da rua, prejudicando o trânsito.

Mas os lojistas acreditam que o fechamento da rua pode favorecer os ambulantes, que poderão dominar todo o espaço.

- Já ouvimos muitas promessas da Prefeitura, mas os ambulantes ilegais sempre dominaram a calçada daqui - disse a gerente Suzy Yeh, da loja de presentes Goldetten.

Para o gerente da Peixoto Artigos de Couro, Ivan Peixoto, a interdição da 25 de Março deve aumentar a presença de camelôs em toda a região.

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- Tenho medo que a situação fique ainda pior e os ambulantes tomem conta da rua inteira - afirmou.

Para Miguel Giorgi Jr., presidente da Univinco, se o esquema de fiscalização não for montado com cuidado haverá uma 'bagunça generalizada'. De acordo com ele, os camelôs favorecem o aumento da criminalidade e podem afastar a clientela da região se tomarem conta da rua.

Por outro lado, os clientes do pólo comercial estão animados com a novidade e acreditam que a rua pode ficar parecida com um calçadão.