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O verde e o amarelo devem ganhar destaque este ano no arco-íris da Parada Gay. A manifestação acontecerá no próximo sábado, dia 17, um dia antes de a seleção brasileira enfrentar a Austrália. Por causa do jogo, o desfile foi antecipado do domingo para o sábado. É a primeira vez que isso acontece desde 1997. Alguns organizadores acreditam que a mudança poderá reduzir o número de participantes, já que muitos trabalham no sábado. Mesmo assim, foi mantida a previsão de 2 milhões de pessoas esperadas. No ano passado, segundo a organização, cerca de 2,5 milhões de pessoas participaram da festa.

Este ano, também há polêmica. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) quer cobrar da organização R$ 79 mil para ceder mão-de-obra e fazer a operação do trânsito. Os organizadores alegam que não têm como pagar. E dizem que sem a CET o evento fica inviabilizado. A Prefeitura também impôs regras rígidas para o evento, que é o maior do mundo. A Avenida Paulista deve ser desocupada até às 20h, o que significa que os trios elétricos que tradicionalmente desfilam vagarosamente terão que acelerar o ritmo. Os organizadores deverão ainda se responsabilizar pela limpeza da área e zelar pelos acessos às estações de metrô. Eles deverão ser isolados com tapumes para evitar depredação. A Prefeitura promete multar em R$ 30 mil a organização caso essas exigências não sejam cumpridas.

A concentração começa ao meio-dia na Paulista. Depois, às 14h, os participantes começam a descer pela Rua da Consolação até a Praça Roosevelt, onde será a dispersão. A Consolação será interditada nos dois sentidos, já que a parada ocupará as duas pistas. Este ano será a última vez que o evento acontece na Paulista. Uma negociação entre a Prefeitura e Ministério Público levou os organizadores a assinarem o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) concordando com a transferência. Para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o maior problema nas manifestações na Paulista são os congestionamentos nas ruas ao redor e o desvio do trânsito.

No ano passado, a expectativa era que ela fosse transferida para a Avenida 23 de Maio, o que foi criticado pela organização, já que o lugar não é freqüentado pelo público gay, que circula com mais liberdade pelo centro da cidade. Mas o novo local ainda não definido. Os organizadores prometem lutar para que o evento seja mantido na Paulista.

Este ano, o tema da parada é 'Homofobia é Crime'. Os organizadores querem discutir a violência contra os gays, já que no Brasil o número de homossexuais assassinados ainda é alto. Há um projeto tramitando na Câmara dos deputados de autoria da deputada federal Iara Bernardi (PT/SP) que criminaliza a homofobia. Ele está na pauta desde abril, mas ainda não há data para que seja votado. Os organizadores pretendem denunciar as violações aos Direitos Humanos para a cidadania plena da comunidade GLBT, e incentivar uma série de ações pela aprovação de legislação contra a homofobia no cenário nacional e por Políticas Públicas que visem o controle e a erradicação da homofobia no Brasil. A homofobia é o preconceito motivado por orientação sexual-que atinge gays, lésbicas e bissexuais-, ou por identidade de gênero-que atinge travestis e transexuais.

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