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Brasília - Alvo de uma crise política que atingiu o Senado por mais de seis meses este ano, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), disse ontem que encerra o ano legislativo "brilhantemente" depois das denúncias que paralisaram a instituição. Sarney disse que o Senado retomou a sua tranquilidade no final de 2009 e conseguiu "tirar proveito" da crise. Apesar disso, a prometida reforma administrativa do Senado acabou sendo adiada para o ano que vem.

"Começamos um ano no Senado muito tumultuado, acredito que dessas discussões que tivemos nós conseguimos até tirar proveito, porque todo mundo se conscientizou de termos decisão enérgica em matéria de todos os casos aqui existentes. Não temos nenhum caso que não tenha sido resolvido, daqueles emblemáticos", afirmou.

O Congresso entra oficialmente em recesso na próxima quarta-feira, mas o Senado realizou ontem a última sessão deliberativa (com votações) do ano. Sarney disse que, do ponto de vista qualitativo e quantitativo, o Senado superou em mais de 50% as votações realizadas em 2008, mesmo com a crise.

Mas talvez aquela que tenha sido a principal promessa de Sarney, a reforma administrativa, não saiu do papel. A direção do Senado inclusive articulou para colocar a proposta em votação nesta quinta-feira. Mas a votação não ocorreu. "Com isso, vamos analisar com transparência a reforma, sem açodamento’’, disse o líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (SP).

A Mesa Diretora do Senado vai discutir a proposta na próxima terça-feira. Depois, vai transformá-la em projeto de resolução, que vai seguir a tramitação normal da Casa. Ou seja, só entra em votação no ano que vem. A expectativa dos senadores é aprovar a reforma até março.

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