O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira que o pedido do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para que os líderes militares venezuelanos estejam "prontos para a guerra" é de "absoluta insensatez" e "despropositada". Sarney disse que não há nenhum "vislumbre" de guerra no continente, caso contrário os organismos internacionais, como a Organização dos Estados Americanos (OEA), já teriam se manifestados, como costumam fazer quando há atritos nas fronteiras dos países. Para o senador, a iniciativa de Chávez "tem outra motivação qualquer" que não a de fazer um alerta sobre o risco de uma guerra. "É tão despropositada que não será levada em consideração", disse.

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Aprovada no último dia 29 pela Comissão de Relações Exteriores (CRE), por 12 votos a 5 votos, o acordo para inclusão da Venezuela no Mercosul será votado nesta semana no plenário. Sarney voltou a dizer que é contra o ingresso, não exatamente pela existência de problemas no país vizinho mas, sim, pela fato do governo do presidente Chávez desrespeitar a chamada cláusula democrática.

O presidente do Senado lembrou que esse mecanismo exige dos países membros respeito total aos princípios democráticos, o que não é levado em conta por Chávez. A adesão da Venezuela ao grupo tem o apoio da maioria dos senadores da bancada aliada do Planalto e, portanto, deve ser aprovada no plenário. "A minha posição é contrária", frisou. "Nós lutamos para incluir no Mercosul a cláusula democrática".

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O governo pressiona para que o texto do protocolo de adesão seja votado na quarta-feira, mas Sarney ainda tem dúvidas se isso ocorrerá. "Ainda não está certo de que a votação vai ser feita nesta semana", informou.