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 | Oswaldo Eustáquio/Gazeta do Povo
| Foto: Oswaldo Eustáquio/Gazeta do Povo

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O prefeito reeleito de Cascavel, Edgar Bueno (PDT), afirma que nos primeiros quatro anos pagou muitas dívidas de precatórios, mas conseguiu colocar as finanças do município em dia.

Confira a entrevista com o prefeito de Cascavel.

O prefeito eleito, Mário Roque, de 72 anos, vai assumir a prefeitura de Paranaguá para o seu terceiro mandato. A sua primeira ação quando assumir o Palácio São José, será fazer uma auditoria nas contas da atual gestão. "Quero abrir a caixa preta da prefeitura. A transição não foi feita de forma transparente", diz Roque.

Atualmente o tempo médio para conseguir uma consulta médica na cidade é de 30 dias. Em sua gestão, Roque promete reduzir este prazo para quatro dias para consulta e resultados de exames básicos. "A saúde será uma das prioridades do meu governo. A população de Paranaguá merece uma saúde digna e tenho certeza que vou diminuir este prazo de atendimento", diz.

GP: Como está sendo conduzido o processo de transição da prefeitura e qual é a situação o senhor recebe a prefeitura de Paranaguá?

Roque: Como é uma passagem de governo, em que há uma indiferença até porque quanto ao prefeito e a oposição ao meu futuro governo, essa transição é logico, não está sendo muito clara. Apesar de ele ter criado uma comissão e nós também. Mas a cada reunião que temos não se avança muito até porque não existem documentos fica tudo no anonimato, nós não temos conhecimento da real situação da prefeitura, inclusive eu com a comissão de transição temos ido a vários segmentos, como Caixa Econômica, Banco do Brasil e outros órgãos para realmente saber o que está acontecendo com a prefeitura. Vamos ter conhecimento real e convicto após o dia primeiro, data da minha posse. Ate agora não temos conhecimento real do que está acontecendo ou aconteceu no governo do José Baka Filho.

GP: Quais serão as suas primeiras ações como prefeito de Paranaguá?

Roque: Primeiramente fazer uma auditoria. Já que essa transição não foi legal e nós não temos conhecimento de nada, nós estamos contratando uma empresa para que realmente faça um levantamento geral para que a gente possa ter um divisor de águas do que foi feito até o governo Baka e daí para frente nós podemos nós podemos nos responsabilizar. Se nós não tomarmos essas medidas, logicamente estaremos envolvidos também em negócios escusos e em programas que não nos interessam e logicamente só essa empresa é que pode trazer tudo o que realmente, como se encontra a administração Baka, e isso não é só interesse meu, é interesse também da população de Paranaguá que está com muita fé neste nosso governo, então, nada melhor do que nós levarmos a conhecimento de todos o que está acontecendo, para que também não haja uma expectativa imediata de que a cidade vai melhorar de imediato. Nós vamos levar perto de um ano para pôr a casa em dia.

GP: A cidade de Paranaguá é a principal cidade do litoral do estado e sua economia gira em torno do Porto, mas devido a uma questão judicial, a autarquia não paga ISS ao município, o que na última gestão fez com que o município deixasse de arrecadar perto de R$ 60 milhões. O que o senhor pretende fazer sobre esta questão?

Roque: Para receber o valor é uma questão política, logicamente se o prefeito não está em sintonia com o governo do estado, ele não vai receber. Eu sempre recebi, do Jaime Lerner, do Requião, e logicamente pretendo receber também do Beto Richa, que é meu amigo, nos relacionamos muito bem e eu quero crer que tanto o dinheiro que temos para receber, como aquele que deve ser pago mensalmente vai acontecer, e creio que com isso, Paranaguá vai ter uma arrecadação melhor e que vai sanar muitos problemas que precisam ser sanados rapidamente.

GP: Qual será seu maior desafio nessa nova gestão?

Roque: A saúde. Hoje não existe nada, o atendimento a população mais humilde não existe. Médico e medicamentos, que são itens básicos, não se encontram nos postos de saúde, isso aí é uma situação difícil. Vou melhorar o salário dos funcionários, para que se possa dar uma alavancada, poder motivar os funcionários. A saúde apresenta várias deficiências. Hoje, o parnanguara vai ao posto e demora 30 dias para conseguir uma consulta, quero diminuir para quatro dias este prazo, ou menos. O paciente vai ao médico porque precisa e tem que ser atendido imediatamente, tem que ter medicamento ali também no pronto-atendimento. Então tudo o que eu fiz nas outras gestões foi construção de postos de saúde 24 horas, hospital, maternidade, ajudei na construção do Hospital Regional. Então Paranaguá tem os espaços físicos, só não tem quem administre a saúde de forma correta. A atual gestão desmoralizou com a cidade nesta área, nós vamos levantar e não vai ser muito difícil não. O instituto Confiancce, que terceiriza a contratação de médicos em Paranaguá, já mostrou que não é de confiança, nós estamos chegando até o tribunal de contas para saber em que situação se encontra essa empresa, se realmente podemos dar um crédito, um aval de seis meses, para que depois nós possamos realmente contratar uma empresa que ficará definitivamente.

GP: De acordo com informações do Ministério Público, 95% da rede de esgoto em Paranaguá não é devidamente tratado e por isso o órgão pediu para cancelar a concessão de tratamento de água e esgoto com a empresa CAB – Águas de Paranaguá. Como a prefeitura pretende lidar com este imbróglio?

Roque: Quem instalou essa empresa antiga águas de Paranaguá, hoje CAb fui eu no governo em 1998. Essa empresa teria que abastecer a cidade de água e também fazer o tratamento do esgoto, já se vão quase 16 anos. Nós sabemos que durante o governo Baka pouca coisa foi feita. Já que o Ministério Público está interessado em participar nessa fiscalização eu vou procurar o órgão e chamar os dirigentes da empresa para chegarmos a um acordo. Vou dar um prazo determinado, por bairros, por setores, durante seis meses nós vamos fiscalizar a obra tal, com tratamento de esgoto na parte oeste da cidade por exemplo. Depois de seis meses, na parte norte, por exemplo. Vamos fazer por setores, porque o que nos engana muito é abrir uma valeta por manilhamento e não funcionar. Nós vamos regularizar isso aí, numa boa, sem guerra com a empresa, sem entrar em choque, mas nós vamos tentar consertar essa área aí.

GP: A cidade de Paranaguá tem recebido periodicamente o navio Ainda Cara. Além disso, a Ilha do Mel é um dos pontos turísticos mais visitados do litoral. Que ações podem ser realizadas pela prefeitura para fomentar o turismo por meio de investimentos na cidade?

Roque: Eu acho que dentro dessa pasta do turismo, nós temos que, juntamente com o governo do estado, realmente fazer com que Paranaguá apareça. Nós temos que cultivar a nossa gastronomia, nós que temos o camarão, o peixe, a ostra, tudo o que o turista gosta. Temos belas ilhas, como a Ilha do Mel, e outras ilhas, a cidade histórica tem que ser mais vendida, o nosso patrimônio histórico, temos o turismo religioso, o nosso Santuário de Nossa Senhora do Rocio. Nós temos, em especial, o turismo de negócios em que grandes empresários vão a Paranaguá, tratar de assuntos do Porto e de importação, exportação. Muitas vezes vão a Paranaguá e voltam para fazer refeições em Curitiba e usar a rede hoteleira. Nós temos que segurar esse povo em nossa cidade. Nós temos que ter uma conversa com os nossos empresários para que termos mais restaurantes, mais hotéis, mais pousadas, enfim, nós temos o turismo rural, que não se resume só a pesca, tem que saber também dos nossos agricultores de origem alemã, holandesa, italiana, como nas nossas colônias. Nós temos vários segmentos dentro do turismo que são atrações e que não estão sendo explorados então nós precisamos ter um acompanhamento do governo do estado, estarmos ligados a grandes grupos econômicos que fazem o turismo nacional e internacional para que se possa já interligar e dizer o que precisa a cidade, o que precisa o município, para trazer atração naquele setor, e é por aí que a gente vai começar a melhorar a qualidade do turismo em Paranaguá.

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