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O pré-candidato do PMDB a presidente da República, Anthony Garotinho, que está em greve de fome na sede do partido no Rio de Janeiro, deu entrevista na tarde desta terça-feira para sete correspondentes estrangeiros. Ele afirmou que está tentando negociar com os órgãos de comunicação, "principalmente com as Organizações Globo e a revista 'Veja' ", espaço para que possa responder a reportagens que considera críticas. O ex-governador do Rio afirmou que se não for bem-sucedido, vai recorrer à Justiça com base na Lei de Imprensa e, caso não obtenha vitória judicial, permanecerá em jejum pode tempo indeterminado:

- Se necessário, farei greve de fome até a morte para salvar a honra - disse.

Mais cedo, a governadora Rosinha Garotinho já tinha dito que a decisão do marido era um caminho sem volta. Ela desceu do prédio onde fica a sede do PMDB para saudar os cerca de 200 manifestantes pró-Garotinho que se aglomeravam na Avenida Almirante Barroso, no Centro do Rio. Com megafone, a governadora voltou a criticar as Organizações Globo que, segundo ela, não dão direito de resposta a seu marido. Rosinha pediu o apoio dos manifestantes.

- A cada minuto que Garotinho estiver se definhando com a greve de fome, chame um companheiro às ruas - disse ela.

A governadora entregou aos manifestantes a carta escrita por Garotinho e publicada na íntegra nesta terça-feira, no jornal "O Globo".

O prefeito do Rio, Cesar Maia, alertou nesta terça para o risco de as manifestações em apoio a Garotinho tumultuarem o Centro do Rio . Segundo ele, a situação poderá se agravar e o Ministério da Justiça deve se preparar para usar a Força Nacional em substituição às forças da ordem. Nesta terça, servidores que protestavam contra o governo do Estado entraram em confronto com correligionários de Garotinho em frente ao prédio onde o ex-governador faz a greve de fome.

O protesto de Garotinho, iniciado no final da tarde de domingo, foi alvo de duras críticas pela cúpula do PMDB . Nesta terça, o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, disse que em vez de fazer greve de fome, o ex-governador do Rio deveria explicar as denúncias contra ele. Segundo Rigotto, que perdeu para Garotinho a disputa interna pela vaga do PMDB na eleição presidencial, as denúncias são sérias e merecem respostas objetivas.

- Acho que mais importante do que qualquer manifestação (como a greve de fome), é dar uma resposta clara, correta, em relação a tudo o que foi denunciado. Essas denúncias são sérias e a sociedade exige respostas muito claras, muito objetivas- afirmou Rigotto.

De acordo com boletim médico, divulgado 42 horas após o início da greve, o ex-governador do Rio está 1,3 quilos mais magro. Seu quadro clínico se mantém estável, com as funções cardiovasculares sem alterações significativas. Segundo o médico, Garotinho teve ligeiro aumento da pressão arterial (14x9) e da freqüência cardíaca.

O ex-governador acordou nesta terça-feira, às 9h30m. Clarissa Matheus, filha do casal Garotinho, passou a noite com o pai e deixou a sede regional do PMDB, no Centro do Rio, pela manhã. Estiveram também nesta terça-feira na sede do partido o deputado federal Eduardo Cunha e o candidato derrotado à prefeitura de Campos, Geraldo Pudim.

À tarde, Garotinho recebeu a visita de um médico e de sua mãe, Dona Samira. Às 16h, as luzes da sala onde o ex-governador do Rio está fazendo a greve de fome foram apagadas.

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