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Subiu para 184 o número de corpos encontrados pelos bombeiros no local onde ocorreu o acidente do vôo JJ 3054 da TAM, o maior da história da aviação brasileira, ao lado do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo.

Somados às quatro vítimas que morreram após serem atendidas nem hospitais, cresce para 188 o número de mortos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública.

Além disso, os bombeiros retiraram do local 23 fragmentos. Médicos legistas analisam o que foi encontrado para determinar se pode ser considerado um corpo. Deste total, 173 corpos já chegaram ao Instituto Médico-Legal (IML) no Centro de São Paulo. 168 foram cadastrados e 69, necropsiados, de acordo com a secretaria.

O IML anunciou nesta quinta-feira (19) a mudança na forma de comunicar os registros de vítimas do acidente. Desde terça-feira, o IML estava contando todos os registros como corpos, mas a partir de agora, os técnicos decidiram fazer registros dos fragmentos. Por causa disso, podem haver diferenças entre os números.

Quando o número de mortos estava em 178, no final da tarde da quarta-feira (18), o governo estadual anunciou que 166 estavam no avião, três no posto de gasolina e nove do prédio da TAM Express. A secretaria não soube informar a divisão com o novo número.

Esse foi o maior acidente aéreo do país. A queda do vôo 1907 da Gol, em setembro do ano passado, registrou 154 mortos.

Trabalho dos bombeiros

Os bombeiros conseguiram entrar na tarde desta quinta em uma área do prédio de difícil acesso, com o auxílio de uma máquina que corta concreto. No local, foram encontrados seis corpos, provavelmente de pessoas que estavam na aeronave, bastante carbonizados e em estado avançado de decomposição.

Após a retirada da gasolina dos tanques de combustível do posto vizinho ao prédio da TAM express, no início da tarde desta quinta-feira (19), foi possível avançar com os guindastes no local. Uma das máquinas, com uma espécie de alicate (tesoura hidráulica), retirou parte dos destroços de um dos pisos que desabou. Nesta frente de trabalho, um grupo de bombeiros avançou e conseguiu retirar mais corpos do local.

Os bombeiros se arriscaram entre a laje do primeiro e do segundo piso, prensadas por parte da laje do terceiro piso. Para avançar, retiraram pedras, pedaços de móveis e bastante entulho. Enquanto um grupo trabalhava na estrutura que ameaçava rachar, outro jogava água em focos onde desde que aconteceu o acidente, na noite da terça-feira (17), o fogo persiste. Identificação: 30 dias

O diretor técnico do Instituto Médico-Legal (IML), Carlos Alberto de Souza Coelho, disse no final da manhã desta quarta-feira que o trabalho de identificação dos corpos das vítimas do acidente com o Airbus da TAM, em Congonhas, deverá demorar "no mínimo" 30 dias.

Coelho afirmou que são raros os corpos de vítimas que chegam íntegros ao IML. Por causa da alta temperatura do incêndio após a explosão, que ele estima em mais de mil graus centígrados, os peritos buscam identificar as vítimas por meio de objetos pessoais e próteses resistentes ao fogo.

O IML orienta parentes de vítimas a procurar a equipe que está no salão de autoridades do Aeroporto de Congonhas. A recomendação é que eles levem o maior número possível de documentos e informações que possam facilitar a identificação das vítimas.

Os dados recebidos pela equipe de Congonhas serão cruzados com os resultados das necropsias realizadas no IML Central. Se houver informações convergentes, os parentes serão chamados para fazer o reconhecimento da vítima.

Desastre

O avião da TAM com 186 pessoas a bordo não conseguiu pousar na pista do Aeroporto de Congonhas, na Zona Sul de São Paulo, e atravessou a Avenida Washington Luís e bateu no prédio da companhia de cargas da companhia aérea, a TAM Express.

A aeronave, um Airbus A320, vôo JJ 3054, partiu de Porto Alegre, às 17h16 desta terça-feira (17), e chegou a São Paulo às 18h45.

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