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O secretário de Saúde de Araripina (PE), Zenilton Carlos Cardoso foi preso ontem em flagrante, por crime contra a saúde pública. Farmacêutico, ele era o técnico responsável pela fábrica clandestina de medicamentos fitoterápicos Sana Erva, que foi interditada pela Operação Morfeu, realizada pela Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) com apoio da Polícia Civil.

Segundo o presidente da Apevisa, Jaime Brito, a situação da fábrica era "degradante" no aspecto da higiene. De acordo com a delegada da regional de Araripina, Katiana Muniz, "no mesmo espaço onde eram fabricados 56 diferentes produtos, havia ratos, baratas e água contaminada".

Hipertenso, o secretário de Saúde não havia sido encaminhado à prisão local até a tarde de hoje. Ele permanecia, sob a custódia da polícia, no hospital da cidade. A Operação Morfeu foi deflagrada inicialmente para investigar a venda irregular do medicamento "Desobesi M", um moderador de apetite utilizado para retardar o sono.

Levantamento da Apevisa indicou que mais de 90% do total do medicamento comercializado em dois meses em todo o Estado se concentrava em quatro farmácias de Serra Talhada, no sertão, sem registro no Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC).

O medicamento foi encontrado em apenas uma das farmácias rastreadas de Serra Talhada, mas a operação se estendeu por outros cinco municípios pernambucanos - Araripina, Cabrobó, Belém do São Francisco, Floresta e Lajedo - onde foram detectadas outras irregularidades, como a venda de remédios proibidos pelo Ministério da Saúde.

Como consequência da operação, 10 pessoas foram detidas - por tráfico de entorpecente ou por crime contra a saúde pública - e cerca de 12 mil unidades de medicamentos foram apreendidos. Dezessete farmácias foram interditadas, além da fabrica Sana Erva.

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