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O secretário estadual de Saúde do Rio, Sérgio Côrtes, anunciou que realizará uma reunião com a comissão metropolitana de saúde para planejar o funcionamento de uma central de regulação de leitos materno e infantil em todo estado, ainda nesta quarta-feira. O secretário, que visitou o Hospital Universitário Pedro Ernesto (Hupe) com o governador Sérgio Cabral, disse que pretende determinar, também nesta quarta-feira, o prazo para que a central comece a funcionar. Ele informou ainda que abriu uma sindicância na secretaria para apurar as circunstâncias da morte da adolescente Joana Gomes de Almeida , de 17 anos. Joana estava grávida de nove meses e morreu após buscar atendimento médico, sem sucesso, em quatro hospitais.

- Também pedi ao Gilberto Ribeiro (chefe de Polícia) que acompanhe o inquérito da delegacia da Tijuca e o laudo da necropsia no que diz respeito a causa da morte dessa adolescente. Ela não pode ser apenas mais uma na estatística. Ela já deveria saber, nos seus nove meses de gestação, qual hospital em que iria nascer seu filho com um obstetra acompanhando seus exames antes do nascimento. Isso é o mínimo de dignidade que temos que oferecer à população. Em casos de emergência, a central de regulação leva a paciente para um local adequado - disse Côrtes.

Além da central de regulação de leitos, o secretário espera ampliar a capacidade de atendimento da rede estadual sobretudo em maternidades de baixo risco:

- O Rocha Faria tem uma excelente maternidade de alto risco, mas 80% das gestantes são de baixo risco porque não encontram atendimento em outro hospital.

Ampliação de leitos neonatais no Pedro ErnestoNa visita ao hospital, Cabral afirmou que os R$ 25 milhões do orçamento da Uerj retirados por decreto serão repostos ao longo do ano. Além disso, o governo do estado investirá R$ 320 mil para a contratação de pessoal, além de outros recursos que ainda estão sendo combinados. O Pedro Ernesto terá 12 anestesistas contratados. Desta forma, A UTI neonatal passará de oito para 24 leitos, a policlínica poderá fazer 15 cirurgias de catarata, em vez das atuais cinco por mês, e o hospital terá 70 leitos a mais, somando 500.

- Já em março teremos condições de fazer os novos leitos. Existem equipamentos mas faltam anestesistas porque sete foram transferidos do hospital para a unidade perinatal. Com os recursos, vamos aumentar a capacidade deste hospital público de referência, num trabalho progressivo. Vale lembrar o que é inusitado no estado: a garantia do repasse orçamentário. Os recursos entrarão na conta da Uerj e do Hupe mensalmente, não haverá corte. Educação jamais terá corte no meu governo - disse o governador.

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