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A juíza Renata Gil, da 2ª Vara de Rio Bonito, renovou nesta segunda-feira, por mais 30 dias, a prisão do ex-PM Anderson Sousa, que fazia a segurança do milionário Renné Senna. Ele é apontado nas investigações como suposto amante de Adriana Almeida, viúva do Renné, e suspeito de ser o homem responsável pelos tiros que mataram o milionário. Além dele, tiveram a prisão renovada Adriana, a professora de educação física Janaína Oliveira e os seguranças Ednei Gonçalves Pereira, Marco Antonio Vicente e Ronaldo Amaral, o China. A decisão baseou-se em novos elementos apresentados pela polícia.

Segundo o delegado Roberto Cardoso, da Delegacia de Homicídios (DH), o assassinato de Renné pode ter tido uma dupla motivação.

- Seria uma dupla motivação. Vingança, já que Anderson não ficou satisfeito por ter sido demitido por Renné, e a herança do milionário - disse o delegado.

Nesta segunda-feira, o policial Gilvan Ferreira, que há dez anos trabalha na DH, desempenhou na reconstituição o papel de Renné Senna, ganhador de R$52 milhões na Mega-Sena e morto no dia 7 de janeiro ( veja fotos da reconstituição do crime ). Ele disse não ter ficado chateado por ser obrigado a cair no chão várias vezes.

- Já fiz um papel semelhante na morte de um chinês e no assassinato de um major - disse.

Reconstituição complica viúva

Segundo o delegado Roberto Cardoso a reconstituição, que contou até com o quadriciclo usado pelo milionário no dia do crime, complicou ainda mais a situação da viúva, Adriana Almeida. De acordo com ele, ficou claro que quem matou o milionário teve acesso a informações privilegiadas. Uma delas é a de que Renné havia quebrado a sua rotina. Na hora do crime, Renné estava no Bar do Penco, em Lavras, distrito de Rio Bonito, desacompanhado de seus seguranças, o que, segundo testemunhas, dificilmente costumava ocorrer.

- O crime aconteceu num local que só quem conhece consegue chegar facilmente. Além disso, a vítima estava em um bar, em um horário que não costumava freqüentar e desacompanhado de seguranças. Só uma pessoa ligada a Renné poderia saber disso - disse o delegado.

Presa desde o dia 30, sob a suspeita de ser a mandante do assassinato do milionário, Adriana deverá voltar a Rio Bonito, provavelmente na próxima quinta-feira. Ela vai participar de uma nova reconstituição da morte de Renné.

- Pretendemos trazer a Adriana para que ela mostre todo o itinerário que fez no dia do crime - disse o delegado.

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