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Seis testemunhas de defesa do caso Lava Jato, operação da Polícia Federal (PF) do Paraná, foram ouvidas nesta quarta-feira (3) na 13ª Vara Federal de Curitiba. Ricardo Semler Rodriguez, Ocari Moreira, Gilberto Ramos Lopes e os policiais Valdinei Antônio de Carvalho e Flávio Henrique Fazan foram chamados pelos advogados de defesa de Rene Luiz Pereira, acusado de tráfico de drogas. Já Rogério Pereira Frony foi convocado a depor pela defesa de André Catão de Miranda, também réu no processo.

As testemunhas de defesa de Rene Luiz Pereira negaram conhecer o réu, tanto por nome quanto pessoalmente quando ele apareceu na sala de audiência, a pedido do juiz Sérgio Fernando Moro, responsável pelo julgamento do caso. Os policiais também negaram que os presos em uma operação de apreensão de drogas tenham citado o nome do réu. Já Rogério Pereira Frony, testemunha de defesa de André Catão de Miranda, afirmou que trabalhava com o réu, mas afirmou nunca ter visto nenhuma negociação em moeda estrangeira envolvendo Miranda.

As informações são da Ação Penal que corre na Justiça Federal do Paraná envolvendo a operação Lava Jato, que investiga crimes de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em decorrência do tráfico de drogas. Os depoimentos estão disponíveis em vídeo. Os acusados são Rene Luiz Pereira, Sleiman Nassim El Kobrossy, Maria de Fátima Stocker, Carlos Habib Chater, André Catão de Miranda e Alberto Youssef. Uma nova audiência está marcada para o dia 16 de setembro, para interrogatório dos acusados.

Sérgio de Paula Emerenciano, advogado de Rene Luiz Pereira, nega todas as acusações e diz que não existem provas do que está sendo alegado. "O que aconteceu foi que Pereira, empresário da construção civil há 10 anos, tinha uma conta bancária que estava sendo administrada por outra pessoa. Por isso seu nome também está sendo investigado", explica Emerenciano.

O advogado de Miranda, Marcelo de Moura Souza, não foi encontrado até 17h15 desta quinta-feira (4).

Ação Penal

De acordo com a denúncia desta ação penal, Rene e Sleiman Nassim El Kobrossy integravam uma quadrilha internacional dedicada ao tráfico de cocaína. A droga era adquirida na Bolívia e no Peru.

Carlos Habib Chater foi identificado como operador do mercado de câmbio paralelo (doleiro) e a investigação apontou que ele estaria envolvido em práticas de evasão de divisas e lavagem de dinheiro. De acordo com a denúncia, ele realizava operações ilegais de câmbio em favor de Rene e Sleiman. Maria de Fátima Stocker teria participado das operações de câmbio ilegais. André Catão de Miranda é apontado como subordinado de Habib, sendo responsável pela parte financeira das operações de câmbio ilegais.

Alberto Youssef é acusado de ter prestado auxílio material nas operações financeiras ilegais descritas nessa ação penal. Maria de Fátima, Rene e Sleiman, junto com Habib e com a ajuda de André Catão efetuaram operações ilegais de câmbio entre agosto e setembro de 2013. Eles teriam enviado à Bolívia um valor de US$ 124 mil. Youssef teria auxiliado Habib na prática do crime.

Lava Jato

Deflagrada no dia 17 de março, a Operação Lava Jato, da Polícia Federal, desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões. Por enquanto, há dez ações penais em andamento na Justiça Federal decorrente das investigações.

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