Principal interlocutor do governo com os movimentos sociais, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral da Presidência) saiu em defesa das ONGs esta semana, em audiência na Câmara dos Deputados para discutir irregularidades em convênios com órgãos públicos.

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Na Comissão de Fiscalização e Controle, Carvalho elencou exemplos de atividades realizadas por entidades que melhoram a vida dos brasileiros. "Destaco a importância da presença dos movimentos sociais na construção de um novo país. A nossa linha é buscar uma negociação madura e serena. As entidades estão construindo a mais sólida e profunda democracia, com a participação da sociedade. Eu arrisco a dizer que se as entidades sociais cruzaram os braços hoje o país para, para no cuidado das pessoas que são vítimas históricas", disse.

Carvalho ainda minimizou as irregularidades em convênios do governo com ONGs. O ministro disse que a legislação tem de ser modernizada. As declarações de Gilberto Carvalho foram dadas após o ministro Jorge Hage (Controladoria-Geral da União) apontar falhas e irregularidades em convênios. "Cabe à CGU apontar os problemas, mas a própria fala do ministro ressalta que apenas 1% tem problema. Há problemas, claro. Problemas que decorem em grande parte da questão de uma legislação inadequada. É preciso entender que a lei que rege os convênios com entidades. É a mesma que rege os convênios com estados e municípios. Isso transforma num cipoal imenso", disse.

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Carvalho ainda defendeu as estatais que patrocinaram um evento do MST em Brasília, que acabou em conflitos com a polícia em frente ao Palácio do Planalto e fez o Supremo Tribunal Federal cancelar uma sessão de julgamento.

De acordo com o ministro, o patrocínio foi destinado a uma feira agroecológica, assim como ocorre em eventos de agricultura familiar e de grandes produtores. "É essa produção das cooperativas que apoiamos na feira agroecológica realizada aqui em Brasília. É verdade que houve um incidente lamentável. Mas quero dizer que da parte da direção do movimento havia mais clara determinação que fosse uma manifestação democrática", disse.